quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Desisteresse Sexual - Sexualidade Humana 3ª Parte



O scanner investiga os mínimos detalhes do córtex, a fim de desvendar o segredo que instiga os seres humanos desde que existe o amor: o que acontece quando experimentamos o ápice das sensações? A parafernália de alta tecnologia, que pesa toneladas e custa 3 milhões de euros, revela o que ocorre na cabeça, nos hormônios e em várias partes do organismo (vide abaixo) durante o ato sexual.

A análise do que acontece no cérebro e no corpo durante o sexo pode levar ao surgimento de uma pílula do orgasmo



Ele só pensa naquilo

Pesquisas mostram que homens e mulheres têm áreas diferentes do cérebro ativadas por um estímulo sexual. Nos homens, há altos índices de ativação da amígdala cerebral e do hipotálamo, estruturas que controlam a emoção e a motivação. A mesma cena erótica provoca no cérebro das mulheres outro tipo de reação. Reside aí boa parte das incompreensões e insatisfações mútuas dos casais na cama.



"O cientista que se ocupa da anatomia do orgasmo faz algo de bom para o ser humano'', justifica o Prof. Holstege. Por preconceito ou arrogância, o ponto culminante da paixão e do prazer continua a ser território quase inexplorado para os pesquisadores. Tanto que as inovadoras imagens feitas por Holstege não foram aceitas pelas prestigiadas revistas científicas americanas Nature e Science, sob a alegação de que o material não interessaria aos leitores.

Pela primeira vez, o trabalho revela a assinatura neurológica do êxtase. O computador funciona também como um perfeito detector de mentiras. No orgasmo fingido, as áreas do desejo no cérebro das mulheres permanecem em calma, enquanto os centros de movimento apresentam maior atividade. Os cientistas também conseguiram esclarecer por que as pessoas mergulham em um vale de indolência depois de surfar sobre as ondas do desejo.

''Após o sexo, todos os seres vivos ficam tristes, com exceção do galo e da mulher'', já observava o médico Galeno, no século II a.C.

A responsável por isso parece ser a Prolactina. O hormônio que dispara a produção de leite depois do parto também age como freio do desejo logo após o orgasmo. Será que uma pílula que inibisse a ação da Prolactina poderia ajudar os homens a tornar realidade o sonho de ter orgasmos sucessivos?

O orgasmo é uma coisa do dia-a-dia, assim como o ato de mastigar; infelizmente, conhecemos mais sobre a fisiologia da mastigação que a respeito dos mecanismos do prazer. Do primeiro olhar mais insinuante até a transmissão dos espermatozóides, a natureza compôs uma coreografia para o encontro entre o homem e a mulher. A pressão arterial e a pulsação sobem, o pênis se intumesce, a vagina fica úmida, os pequenos lábios da vulva e o clitóris se expandem.

Quando a dança dos corpos chega perto do gran finale, geralmente o homem é o primeiro a viver seu prazer máximo. A vesícula seminal e a próstata se estreitam ritmicamente. Na hora H, até 240 milhões de espermatozóides são lançados pela uretra com uma velocidade entre 14 e 18 quilômetros por hora. Se a parceira também chega ao clímax nesse mesmo instante - algo que todos desejam, mas não necessariamente conseguem -, a vagina forma uma ''guarnição para o clímax''. Assim como o útero, ela se contrai de cinco até 12 vezes.

Apesar de ter criado esse balé cuidadoso, a natureza não é mestre em sincronização. Segundo vários biólogos, isso explica por que muitos homens chegam esgotados a sua meta enquanto as mulheres ainda estão no meio do caminho. A pressa masculina seria necessidade da reprodução. Segundo essa visão, o orgasmo funcionaria como um prêmio da natureza pelo êxito atingido, para gratificar os praticantes por passarem adiante sua carga genética e garantir a perpetuação da espécie. O risco de fracasso biológico seria alto demais caso as mulheres fossem coroadas em primeiro lugar com os louros do prazer, talvez muitas parceiras simplesmente virassem de lado, satisfeitas, antes que o homem pudesse doar seus espermatozóides.

Em cada um dos sexos, o prazer revela-se de forma diferente. Isso foi constatado de forma inquestionável pelos estudos ainda não publicados de Michael Forsting e Elke Gizewski, do Hospital das Clínicas de Essen, na Alemanha. Doze homens e 12 mulheres permitiram que seu cérebro fosse vasculhado por equipamentos de ressonância magnética enquanto viam alternadamente filmes eróticos e inocentes trabalhos de bricolagem.

A excitação provocada pelas imagens de sexo ativou regiões distintas. Nos homens, brilham áreas cerebrais mais primitivas, existentes também em galos e crocodilos. Nas mulheres, são ativados setores na parte mais nobre do cérebro, responsável pelo pensamento. Isso significa que durante o sexo a parceira age de forma mais racional, enquanto eles só pensam naquilo enquanto os homens seguem mais seu impulso de acasalamento; para as mulheres, a sensualidade é algo mais importante.

Quando nossos antepassados da Idade da Pedra faziam sexo, era importante que ao menos um dos parceiros não se desligasse por completo do mundo exterior e coube à mulher mais essa incumbência. Durante o sexo selvagem ela permanecia alerta para notar a proximidade de um leão ou o sumiço de uma criança.

FLAGRANTE Os cientistas alemães Forsting e Elke inves tigam a atividade cerebral de quem assiste a filmes eróticos





Qual seria, então, a razão biológica do orgasmo feminino? Afinal, para garantir a reprodução, bastaria que a fêmea aceitasse fazer sexo. Acredita-se que uma recompensa, sob a forma do prazer, aumenta a disposição para a repetição do coito e, dessa forma, a chance de gerar descendentes. Além disso, os fisiologistas descobriram que as contrações do colo do útero ocorridas durante o orgasmo transportam os espermatozóides para mais perto dos óvulos. Isso eleva a probabilidade de uma gravidez.

Uma pesquisa realizada pelo Hospital Charité, em Berlim, com 575 participantes entre 18 e 71 anos, revelou que a média de tempo até que seja atingido o orgasmo é de oito minutos. O trabalho também elucidou preferências, concluindo que as mulheres vivem o orgasmo clitoridiano de forma mais intensa, mas ficam sexualmente mais satisfeitas quando também atingem o clímax através da penetração.

MÃE PRIMITIVA
A Vênus de Willendorf (25.000 a.C.) é conhecida como uma das representações mais antigas da fecundidade feminina

Esse prazer anda em falta. Quase metade das mulheres que participaram da pesquisa raramente ou nunca consegue atingir seu ''paraíso sexual'' quando está com seu parceiro. Homens feridos em sua reputação costumam alegar que o orgasmo feminino é algo mais complicado e difícil de ser alcançado. Essa idéia é rejeitada por alguns cientistas que, segundo uma pesquisa com 776 voluntárias, quando a mulher se masturba, quase sempre atinge o orgasmo. Observa-se que muitas mulheres dizem que o sexo lhes dá prazer, mas que seus parceiros ficam muito tristes porque elas não chegam sempre ao orgasmo. Mas isso nem sempre desencadeia um cavalo-de-batalha. Quase metade das mulheres que admitem não chegar ao orgasmo no ato sexual afirma estar ''sexualmente satisfeita'' e nessa amostra, 76% chegaram a dizer que tinham ficado felizes.

Quando é forte a pressão pelo gran finale, muitas parceiras partem para a encenação, e, apenas uma em cada dez mulheres nunca fingiu um orgasmo. A razão da mentira: 41% delas querem agradar ao parceiro, mas por outro lado, uma em cada quatro adota o expediente para abreviar a relação.

É verdade que nem sempre o clímax se assemelha ao estrondo de um trovão acompanhado de uma chuva de estrelas, pois o orgasmo não está atrelado a órgãos específicos e muito menos aos genitais e, o curioso é que, além dos órgãos sexuais primários, quase todas as outras partes do corpo podem suscitar o prazer.

Para algumas pessoas é suficiente estimular os lóbulos das orelhas ou ter os cabelos massageados. Alguns estudos atestam que as mulheres sentem orgasmo apenas com estimulação nos seios (30%) e na boca (20%). Ambos os sexos (25% das mulheres e 21% dos homens) chegaram, pelo menos uma vez, ao sétimo céu do prazer sem nenhum contato corporal. Ou seja, apenas por meio da fantasia, pois prazer e excitação não ocorrem na bacia, e sim entre as duas orelhas.

O cérebro é o órgão de prazer mais poderoso e isso é percebido por qualquer um que, ao menos uma vez na vida, já ficou com o coração saltando pela boca só de pensar na pessoa amada. Conhecer as estruturas cerebrais que participam disso e elucidar suas funções é fundamental para o desenvolvimento de terapias e medicamentos para melhorar a qualidade da vida sexual e tratar transtornos psiquiátricos ligados ao sexo, como a pedofilia. Nesse contexto, as pesquisas européias representam a luz contra as trevas. Os estudos feitos sobre orgasmo na Europa, financiados com dinheiro público, seriam inimagináveis nos Estados Unidos, onde a influência dos conservadores é fortíssima.

PUDOR

Entre as brasileiras, 31% nunca se masturbaram na vida. Entre os homens, o índice cai para 3%

O direito ao sexo prazeroso deveria ser encarado como uma questão de saúde pública, passível de financiamento para pesquisas e desenvolvimento de novas terapias. Já se sabe, por exemplo, que a substância Cabergolina - usada no tratamento do mal de Parkinson ou para interromper a produção de leite - aumenta o desejo e propicia um orgasmo mais intenso. Também a Bupropiona, uma droga anti-depressiva que vinha sendo utilizada no combate ao tabagismo e que demonstrou ser a mais moderna escolha no tratamento do desinteresse sexual em mulheres, estimulando a libido, provocando sonhos eróticos e proporcionando na maioria das que usaram, orgasmos intensos. É utilizada somente sob prescrição médica e não tem ação em homens. Ao mesmo tempo, um controverso adesivo de testosterona que promete aumentar o apetite sexual das mulheres está sendo analisado pela FDA (Agência reguladora de medicamentos e alimentos nos Estados Unidos) Os especialistas alertam que a administração prolongada do medicamento pode ser prejudicial ao organismo, mas de qualquer maneira, as pesquisas já comprovaram que sexo de qualidade faz bem ao coração, tonifica os músculos, melhora o sistema imunológico - e, sem dúvida, o humor de qualquer um.



Novo método promete medir desejo sexual

Técnica pode ajudar a tratar pessoas com perda de libido

Pesquisadores israelenses estão convencidos de ter desenvolvido o primeiro método para medir a intensidade do desejo sexual de uma pessoa. A técnica foi baseada na análise da medição de alterações em ondas cerebrais de pessoas que assistiam a um filme erótico. Segundo os cientistas, esse é o primeiro método quantitativo para medir a libido. Mais do que mera curiosidade, ele poderia ser usado para avaliar efeitos de novos medicamentos sobre o desejo sexual.

Outra aplicação seria a avaliação de danos à libido causados por acidentes e derrames, por exemplo. O coordenador da pesquisa, Yoram Vardi, do Hospital Rambam e do Instituto Technion, em Haifa, Israel, explicou que sua técnica mede, primariamente, o nível de atenção de uma pessoa durante cenas eróticas, mais do que especificamente o desejo sexual. Todavia, segundo ele, o estímulo sexual estaria diretamente ligado à atenção, o que validaria o método..

Por enquanto, a técnica foi testada em apenas 30 pessoas. Como os resultados foram considerados promissores, os pesquisadores esperam experimentá-la num grupo maior de voluntários. Tendo êxito, poderão pensar num uso regular. Mas, ainda é cedo para saber se será possível estabelecer uma espécie de escala do desejo sexual.

Os cientistas analisaram alterações em ondas cerebrais chamadas p300. Elas são produzidas menos de um segundo após um evento. São a resposta do cérebro a estímulos.

O ÁPICE DAS SENSAÇÕES
Idade Sexo Orgasmo durante a última masturbação - em % Orgasmo na última relação com parceiro - em %
60 anos 92 97
85 65
45 anos 94 94
93 74
30 anos 92 93
87 53

O que acontece no corpo na hora do orgasmo


EXCITAÇÃO

Cérebro
Áreas responsáveis por sensações de felicidade e outras emoções são ativadas Setores responsáveis pela memória, atenção e pelo pensamento lógico são reprimidos
O poder da paixão
Apenas o fato de olhar para o parceiro excita no cérebro de homens e mulheres centros nervosos que também são ativados pela satisfação provocada por drogas, como a cocaína. Setores responsáveis pelo raciocínio crítico ou pelo medo são desativados

Hormônios
O motor da testosterona
O desejo masculino é fortemente influenciado pelo nível de testosterona. Mas a alta concentração de testosterona nem sempre significa libido elevada. A relação exata que existe entre esses dois fatores ainda é incerta
Pulsão sexual e desejo
O hormônio feminino estrógeno não exerce grande influência sobre o desejo da mulher. Enquanto isso, ter uma boa carga de testosterona circulando no corpo feminino implica intensa atividade sexual

Corpo
Calor no abdome, o pênis aumenta e fica ereto. A pressão arterial, a pulsação e a freqüência respiratória são elevadas e a atenção diminui
A pulsação e a pressão arterial sobem. A vagina fica úmida e se amplia, assim como o clitóris. Os mamilos crescem até 1 centímetro





FASE PLATÔ
Cérebro
Nos homens são ativados grandes centros nervosos na área do sistema límbico Quando estimuladas, as mulheres reagem de forma muito menos emotiva
Só pensam naquilo
Nos homens são acionadas regiões primitivas do cérebro. Eles agem, durante o sexo, de maneira extremamente impulsiva
Com os pés no chão
Nas mulheres, as emoções não entram em ação. É ativada principalmente a área responsável pela razão

Hormônios
Homens e mulheres
Apresentam as mesmas mudanças hormonais. Aumenta fortemente a concentração de adrenalina e noradrenalina

O mistério da Oxitocina
O efeito desse hormônio é polêmico. Em alguns homens, os pesquisadores observaram uma clara elevação junto com o orgasmo - entre 20% e 360%. Mas a ação da substância no organismo não está clara. A suposição é que a Oxitocina estaria envolvida em contrações de partes dos órgãos reprodutivos femininos e masculinos durante o orgasmo

Corpo
Flush sexual O rosto, o peito, a barriga e os ombros ficam avermelhados. A pressão arterial, a pulsação e a freqüência respiratória continuam a subir. Há um aumento da tensão muscular
Ocorre um evidente inchaço nos seios e aumenta a circulação sanguínea nas coxas, nádegas e costas. Ocorre superventilação. A freqüência cardíaca vai de 110 a 180 batidas por minuto





ORGASMO
Cérebro
CLÍMAX Os campos ativados comandam reflexos essenciais,
como a ejaculação
Assinatura do êxtase
Grande atividade na área relacionada ao sistema de recompensa. Ocorre um bloqueio no cérebro, na região responsável pelo medo, a amígdala (cerebral).
Prazer verdadeiro
Atividade cerebral semelhante à dos homens. O sistema de alerta trabalha mais

Orgasmo fingido (ver quadro abaixo)
Em comparação ao verdadeiro, os centros motores do cérebro são mais ativados

Hormônios
Imediatamente depois do orgasmo, há uma grande elevação do nível do hormônio de produção de leite, a Prolactina, tanto nos homens como nas mulheres. Isso tem o efeito de um freio sexual

Corpo
A atenção fica extremamente reduzida e a ereção mais vigorosa. O escroto aumenta. A vesícula seminal, os dutos e a próstata contraem-se ritmicamente. Ocorre a ejaculação do esperma
Guarnição orgástica
O terço dianteiro da vagina se afunila e se contrai de cinco até 15 vezes. Ocorrem também inúmeras contrações em regiões como nádegas, mãos, pés e rosto




DISTENÇÃO
Cérebro
Descanso em vez de desejo
Depois do clímax, o cérebro relaxa até o adormecimento

Hormônios
O nível de Prolactina permanece elevado até uma hora depois do orgasmo. Nos homens, o hormônio aniquila o desejo e desencadeia a preguiça. Por que as mulheres conseguem ter outros orgasmos pouco tempo depois ainda é um mistério

O esperma parece ter um efeito estimulador. Ele contém vários hormônios: testosterona, estrógeno, Prostaglandina e Prolactina. Essas substâncias podem passar pela vagina e outras mucosas e cair na circulação sanguínea

Corpo
A ereção do pênis diminui instantaneamente, a respiração e a pulsação se normalizam. Dependendo da idade, o homem perde a capacidade de ficar excitado durante um certo período Depois do orgasmo, a mulher volta a estar sexualmente excitável. Se ela não reiniciar o sexo, a respiração se normaliza e o inchaço da vagina e dos lábios da vulva retrocede





Uma em cada quatro mulheres não atingem o orgasmo


Quem enxerga o Brasil como uma espécie de paraíso sexual precisa rever seus conceitos. Uma em cada quatro brasileiras (26%) não tem orgasmo com seu atual parceiro, revela uma pesquisa realizada pelo Projeto Sexualidade, da Universidade de São Paulo, com 7 mil pessoas de ambos os sexos. Muitas jovens não atingem o clímax por inexperiência e fatores emocionais, como uma educação rígida que condene o prazer sexual. Nas mais velhas, as dificuldades estão em geral relacionadas a disfunções físicas. Em um outro estudo feito com 98 mulheres em um hospital no Rio de Janeiro, apurou que 42% delas não tinham orgasmo, e, quando se investigou as causas, descobriu-se um dado interessante: 30% das mulheres não chegavam ao clímax por um problema sexual do parceiro, como disfunção erétil ou ejaculação precoce. Além das dificuldades masculinas e dos tradicionais inimigos do orgasmo - stress, cansaço e rotina entediante -, as mulheres enfrentam um tabu que os homens já superaram, pois a mulher que se masturba tem intimidade com o corpo e chega ao orgasmo com mais facilidade, mesmo na relação sexual.

POUCO PRAZER

Metade das mulheres tem dificuldades na cama, como dor, falta de desejo e orgasmos raríssimos




A pesquisa da USP revela um dado alarmante: 31% das mulheres nunca se tocaram na vida. Já entre as que se masturbam, praticamente todas atingem o clímax.

Os homens brasileiros têm mais orgasmos que as mulheres - para eles, é dez vezes mais fácil chegar ao ápice -, mas lidam com outros problemas: 48% têm disfunções sexuais que vão de dificuldades de ereção até ejaculação precoce. Os brasileiros são excessivamente preocupados com desempenho, pois alguns homens costumam a procurar um Médico até mesmo preocupados com o volume de esperma ejaculado, visto como símbolo de virilidade. A ejaculação é um fenômeno independente do orgasmo, o que muitos não sabem. O homem pode chegar ao clímax sem expelir esperma, sobretudo se for diabético ou tiver passado por uma cirurgia de próstata e o contrário também pode ocorrer, mas é menos comum, mas quando o homem perde a concentração ou fica tenso, o homem pode ejacular sem ter prazer.

Não adianta fingir

As contrações características do orgasmo duram de poucos segundos a um minuto, no máximo, mas são acompanhadas por intensas mudanças fisiológicas e sinais visíveis no corpo


Uma emoção forte toma conta dos parceiros. Um misto de bem-estar e relaxamento tira o casal temporariamente da realidade


Os músculos se contraem involuntariamente

A pulsação acelera


O coração acelera

Nos homens, os dedões dos pés endurecem e os dedinhos ficam retorcidos

Os pés de ambos os parceiros ficam arqueados e estremecem

Os parceiros se apertam fortemente durante um intervalo de 0,8 segundo durante o pico de prazer


Os genitais incham devido ao fluxo de sangue

Muitas mulheres dobram os dedos dos pés

Homens e mulheres podem ter acesso de riso ou de choro e ficar sensíveis a cócegas (nos homens, essas reações são menos comuns)
Em algumas pessoas, a boca se abre, em outras, a face se contorce

A respiração fica rápida e curta

A narina de ambos os parceiros fica dilatada

Os dois sexos podem experimentar um súbito insight criativo, pois o orgasmo produz atividade na região cerebral ligada à criatividade

Após o orgasmo é comum um prolongado período de exaustão e sono


Como atingir o orgasmo
TREINAMENTO SEXUAL

Não pressione o(a) parceiro(a) a ter orgasmo

A pressão pelo prazer, com expressões do tipo ''Foi bom pra você?'', arruina as relações. Quem não consegue sentir orgasmo com o parceiro sente raiva, frustração e vergonha. A tensão transforma o sexo em uma prática pesada. Quanto mais stress houver na busca pelo ápice, menor a chance de alcançá-lo

Relaxe e goze

O melhor é esquecer que chegar ao orgasmo é o objetivo central do sexo. Tentar alcançá-lo a qualquer preço e em pouco tempo estressa qualquer um. O importante é relaxar e aproveitar o sexo. O orgasmo é decorrência da prática e da capacidade de perceber o que lhe dá prazer.

Caia nas brincadeiras de amor

Sexo só faz sentido se for leve e divertido. Tudo o que causa mal-estar ou pressão deve ser evitado. Distribuir velas ao redor da cama, colocar champanhe sobre o criado-mudo e vestir aquela lingerie de oncinha pode ser algo muito sedutor, mas também pode elevar muito a expectativa (e a responsabilidade) do(a) parceiro(a).

Experimentar, experimentar, experimentar

Pressão não faz bem a ninguém, mas é importante perseguir o objetivo de alguma hora chegar ao orgasmo, de forma paciente e obstinada. Quando não existe uma razão fisiológica que explique a dificuldade de ''chegar lá'', qualquer um pode treinar sua capacidade de atingir o orgasmo.



O Clitóris

Esse desconhecido para muitas pessoas


A natureza fez com que o orgasmo feminino não tivesse de acontecer forçosamente durante a penetração, caso contrário, o clitóris estaria dentro da vagina. O único órgão do corpo humano que não serve para mais nada além de proporcionar prazer é maior e tem mais ramificações nervosas do que se supunha. Possui 8 mil terminais nervosos - o dobro do que existe no pênis.

O homem ocidental médio é ainda ignorante em relação ao Clitóris, pois ele não sabe o que é, onde fica ou o que fazer com ele.A ignorância se manifesta até na pronúncia errada. Tem muita gente boa por aí dizendo CLÍtoris, como se a palavra fosse proparoxítona. A pronúncia correta é cliTÓris.

O Clitóris é uma protuberância situada no topo dos pequenos lábios da vagina, extremamente sensível e erétil. Normalmente se esconde sob um capuz de pele mas quando excitado pode aumentar em até três vezes o seu tamanho.

Do ponto de vista biológico, o Clitóris é diretamente equivalente ao pênis, possuindo inclusive uma glande. De fato, nos primeiros meses após a concepção, a genitália dos fetos feminino e masculino parece ser idêntica. Segundo o Relatório Hite, a maioria das mulheres se masturba manipulando o clitóris e, às vezes, os mamilos e apenas 5% das mulheres introduzem coisas na vagina quando se masturbam.

Um estudo realizado nos Estados Unidos em 1960, com um grupo de mulheres de 19 a 32 anos selecionadas ao acaso, revelou que o tamanho médio do Clitóris em ereção é de 1,9 cm. Nesse grupo, 75% das mulheres possuia um Clitóris entre 0,8 e 3,0 cm de comprimento quando excitado e o maior Clitóris registrado nesse estudo tinha 3,6 cm.

Outro estudo realizado em um hospital americano, com pessoas de 1 a 91 anos, revelou que o Clitóris aumenta de tamanho à medida em que a mulher vai envelhecendo, sendo que o maior aumento de tamanho ocorre entre os 15 e os 19 anos, e depois entre os 20 e os 32 anos. Livros médicos bem atuais mencionam um tamanho médio de 2.5 cm a 4,0 cm de comprimento para mulheres de 20 a 30 anos. Convém também saber que Clitóris grande não têm nada a ver com hermafroditismo nem com a preferência sexual da mulher.

Mas isso é apenas a ponta do iceberg: a parte escondida, a que fica dentro do corpo, tem em média 9 cm de comprimento e cerca de 8.000 terminais nervosos (o pênis tem só a metade disso). Por isso, o Clitóris é um órgão extremamente sensível.


Transtornos da Resposta Sexual


Os transtornos da resposta sexual podem ocorrer em uma ou mais destas fases. Sempre que mais de uma disfunção sexual estiver presente, todas são registradas. Este julgamento deve ser feito pelo Médico, levando em consideração fatores tais como: a idade e experiência do indivíduo, freqüência e cronicidade do sintoma, sofrimento subjetivo e efeito sobre outras áreas do funcionamento.

Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo: as fantasias sexuais e o desejo de atividade sexual persistente deficiente (ou ausente). O julgamento de deficiência ou ausência é feito pelo Médico, levando em conta fatores que afetam o funcionamento sexual tais como a idade e o contexto da vida da pessoa.

Transtorno de Aversão Sexual: aversão extrema persistente para evitar todo (quase todo) contato sexual genital com um parceiro sexual.

Transtorno Orgástico Feminino: atraso ou ausência persistente ou recorrente do orgasmo. Após uma fase normal de excitação sexual.

Dispauremia: dor genital recorrente ou persistente associada com o ato sexual, não devida a uma condição médica geral

Vaginismo: contração (em espasmo) involuntária, recorrente ou persistente da musculatura do terço inferior da vagina que interfere no ato sexual, não devido à condição médica geral.

Classificação dos Transtornos Sexuais


As disfunções sexuais podem ser divididas em subtipos em relação à natureza do início da disfunção sexual e em relação ao contexto no qual essa disfunção ocorre.

Quanto à natureza do início da disfunção sexual ela pode ser :

Tipo ao longo da vida: quando presente desde o inicio da vida sexual.

Tipo adquirido: disfunção se desenvolve apenas após período de função sexual normal.

Quanto ao contexto no qual a disfunção sexual ocorre, pode ser:

Tipo generalizado: quando a disfunção sexual não está limitada a certo tipo de estimulação, situações ou parceiros.

Tipo situacional: quando a disfunção sexual está limitada a certos tipos de estimulação, situações e parceiros. Embora na maior parte dos casos as disfunções ocorrem durante a atividade sexual com um(a) parceiro(a), em alguns casos, pode ser apropriado identificar disfunções que ocorrem durante a masturbação.

Outros subtipos podem ser usados para indicar os fatores etiológicos associados com a disfunção:

Fatores psicológicos: quando existem fatores psicológicos que desempenham papel importante no início, gravidade, exacerbação ou manutenção da disfunção sexual e sem causas orgânicas.

Fatores combinados: quando fatores psicológicos supostamente desempenham papel no início, gravidade, exacerbação ou manutenção da disfunção sexual e existe uma condição médica geral ou uso de medicamento.

Tratamentos dos Transtornos da Resposta Sexual

Recentemente cientistas italianos publicaram um artigo na revista científica New Scientist em Londres, que medicamentos para incrementar o prazer sexual e o orgasmo podem ser mais eficientes em mulheres que tenham o Ponto G grande.

A zona erógena conhecida como ponto G, localizada no interior da vagina, ficou famosa por produzir intensos orgasmos. Nela encontram-se as glândulas de Skene, que segregam uma enzima chamada PDE5 (Fosfodisterase-5), que atua na excitação feminina e já foi relacionada à sexualidade masculina.

Se as glândulas de Skene são grandes e há suficiente secreção de PDE5, é possível que medicamentos semelhante ao Sildenafil (utilizado na Disfunção Erétil masculina), para as mulheres com Ponto G pequeno e para as que não o possuem, esses remédios teriam algum efeito, já que a PDE5 também é encontrada no clitóris.

De acordo com as estimativas, 30% das mulheres não têm orgasmo durante a relação sexual. O ponto G recebeu este nome em referência ao cientista Ernest Grafenberg, o primeiro a falar sobre a região, em 1950.
Fonte Palavra de Médico
3ª Parte

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