domingo, 7 de agosto de 2011
Voltando ao Assunto Doenças Psicossomáticas
1° Tópico:
Doenças psicossomáticas e Somatização
“Somatização” “Doença psicossomática” não são exatamente a mesma coisa.
Esse assunto foi matéria de uma revista Veja com o título: “Corpo e mente. O real poder do cérebro sobre a saúde”. Com esse nome eles estão mencionando tanto o poder do cérebro de “criar” doenças como também o poder de “curar” estas doenças. Tanto é que o subtítulo da matéria é: “Quando o cérebro é o médico”.
Não se trata de “poder da mente”, mas da influência do seu aspecto emocional na saúde física.
A matéria está escrita como se fosse uma descoberta muito recente essa relação entre emoções, transtornos psicológicos, e a saúde do corpo. Na realidade a psicologia já sabe há muito tempo dessa intercomunicação: mente x corpo. Esse tema se chama psicossomática, e se refere às doenças de fundo emocional.
Toda doença tem fundo emocional?
Não. Mas o inverso é verdadeiro, a saúde física abalada também abala o emocional, quando uma pessoa descobre que tem câncer, o seu emocional fica muito abalado. Se ela não se controlar emocionalmente pode ter sua resistência prejudicada e acabar ficando mais debilitada ainda. Por isso é muito importante o acompanhamento psicológico nestes casos mais graves.
Somatização
Quando alguém diz que a pessoa está somatizando, está dizendo que ela apresenta sintomas físicos mas, mesmo não havendo uma doença física, a causa destes sintomas é emocional.
Por exemplo, é o caso da pessoa que sente taquicardia, o coração dispara e ela vai ao médico achando que está com problema no coração, chegando lá ela faz exames, e não acusando nada, o médico dispensa o paciente dizendo que ele está bem fisicamente. Esta taquicardia pode ser sintoma de pânico, síndrome do pânico.
Isso é somatização. Os exames não acusam nada porque a pessoa não tem nada fisicamente, o sofrimento físico é um reflexo do sofrimento emocional, que está mais escondidinho. O correto nessa situação é que o médico encaminhe a pessoa para um tratamento com psicólogo. Só o psicólogo pode tratar e amenizar esse sofrimento que apesar de estar se manifestando no corpo, ele é essencialmente mental, é psicológico.
Somatização é quando a pessoa apresenta sintomas, cuja avaliação do médico não identifica qualquer problema orgânico, mas identifica uma causa psicológica, e o tratamento é feito só com psicólogo.
Doença psicossomática
Quando usamos o termo “doença psicossomática” dizemos que a causa é psicológica, mas a pessoa apresenta alterações clinicas detectáveis por exames de laboratório, ou seja, o corpo da pessoa está tendo danos físicos, ai chamamos de doença psicossomática. É uma doença física, verdadeira, mas com causa psicológica, ou seja, a doença já apareceu no corpo, como uma alergia por exemplo. Neste caso a pessoa deve tratar tanto com o psicólogo como com o médico. Com o médico ela trata o corpo, e com o psicólogo trata a mente, a cabeça, as emoções.
O corpo também afeta a mente
Uma doença física também provoca sofrimento mental. Uma pessoa que tenha uma doença que a debilite fisicamente, que a deixe afastada dos outros, isso pode iniciar uma depressão por exemplo. Nestes casos também deve receber tratamento médico e psicológico.
Isso significa que tratar um problema psicológico ajuda a tratar das doenças do corpo e também previne para que seu sofrimento mental não faça o corpo adoecer.
Doenças que não tem nada a ver com psicossomática
Câncer por exemplo. Por algum tempo fizeram muita maldade dizendo que quem tem câncer “criou” esse câncer nele mesmo. Quer dizer que além de ter que tratar a doença, as pessoas com câncer ainda carregavam a culpa por estar doente, isso é maldade com o doente.
Tuberculose também, já foi dito que um tipo de personalidade provoca tuberculose. Uma pessoa romântica demais teria tuberculose- tudo bobagem. Não é assim que acontece.
Doenças de fundo emocional
Um tipo de problema que tem muito a ver com o psicológico (mas ainda não é 100%) é a infertilidade. Eu tenho certeza que você que está aí me ouvindo já ouviu a história de que alguém que queria muito engravidar e não conseguiu, foi só adotar uma criança que engravidou. Não é? O que aconteceu? Porque adotar uma criança facilita para que a mulher engravide? O que aconteceu é que ela reduz a ansiedade. Ela tranqüiliza. Se fizesse uma terapia, ela poderia também controlar essa ansiedade e engravidar. Ansiedade provoca infertilidade. Alias toda boa clínica de fertilização tem um psicólogo na equipe.
Toda doença, ou todo sintoma endócrino, cardiovascular, respiratório, gastrointestinal, imunológico, e de pele é o tipo de doença que se pode desconfiar de causa psicológica. Então alergias, infecções, falta de ar, taquicardia, tudo isso pode ser doença psicossomática.
A própria revista veja naquela reportagem que eu mencionei indica a minha linha de terapia, a cognitiva comportamental como muito eficiente para esse trabalho, próxima a 100% de eficiência quando tratado com um profissional sério. É uma terapia breve, focada no problema e com resultados rápidos quanto às somatizações. O que é um grande alívio para quem está sofrendo agora. Ninguém quer esperar cinco anos para ver resultado da terapia, pra parar de ter dor de barriga, falta de ar, ou o que for que ela está sentindo.
O que provoca uma doença psicossomática?
A revista contou o caso da Lívia que se tratou com remédios por 5 anos de hipotiroidismo. Até que ela resolveu fazer psicoterapia, e na terapia ela descobriu que se entregou muito mais, do que recebia, nos relacionamentos. Era uma troca desigual. E era assim com o marido, família, amigos, todo mundo. Ela sofria de todo lado, mas trabalhou isso na terapia, e conforme ela aprendeu a controlar a agressão que sofria, conseguiu controlar também a doença, e o melhor, sem tomar remédio algum.
Hoje sua tireóide vai muito bem, obrigado!
Doenças iniciadas por aflições psicológicas
Vão desde alergias, bulimia, infertilidade, infarto, diabetes e disfunções glandulares.
As aflições psicológicas podem ser os eventos significativos na infância, como separação da criança da mãe, ou porque a mãe teve que se mudar, ou por força do trabalho, os abusos que a criança sofreu, abusos verbais ou físicos, coisas fortes que foram ditas à criança, ou bater na criança.
Eventos estressantes, não só na infância, mas em qualquer fase da vida, morte de alguém próximo, mudança de trabalho, mudança de casa, ou insatisfação no trabalho, ou problemas com o marido, com o namorado, tudo isso pode estar desencadeando uma doença psicossomática. O corpo fica doente, e de início a pessoa não faz relação com estes problemas, acha que não tiveram nada a ver com a doença, mas tem relação sim.
Função do sintoma
O sofrimento mental fica lá guardadinho, você pensa que está esquecido, mas ele está lá agindo à surdina, e se você não trabalhar seu emocional, esse sofrimento pode encontrar uma forma de se manifestar, uma válvula de escape, que é o sintoma, que aos poucos vai fazendo seu corpo ficar doente. Todo sintoma tem a mesma função, te alertar de que alguma coisa não está indo bem, que você tem que tratar essa coisa.
A somatização também, ela está te chamando para você prestar atenção em você mesmo, e ver o que está errado na sua vida: Seu relacionamento com colegas? Seu casamento? Insatisfação no trabalho? Dificuldade nos estudos? Olhe para isso. Trate o que tem que ser tratado. Trate o emocional, porque o corpo só está chamando a sua atenção para que você veja que o psicológico não esta bem.
Muitas vezes, quando você procura um médico com uma somatização, alguém diz que é “frescura”. Se o médico disse que você não tem nada, sofre duplamente, porque você sente que tem alguma coisa mas não sabe o que é.
Doença psicossomática não é a doença da “mentirinha” é doença que o médico não conseguiu identificar a causa, então ele tende a te falar “Fique tranqüilo, está tudo bem” mas está tudo mal, você está com dor, com coceira, com a boca seca, coração pulando, dor de barriga, ta suando frio, como está tudo bem?
O médico identifica a doença emocional?
Infelizmente nem todo médico tem o preparo para encaminhar o paciente para o profissional correto, que é o psicólogo. Mas se eu conseguir ajudar hoje a você, se eu conseguir te ajudar a identificar esse tipo de sintoma em você ou em alguém que você conheça, e você conseguir ajudar essa pessoa com essa informação, eu já fico feliz. Já vou sentir que fiz a minha parte. Como a revista publicou a terapia cognitiva comportamental é muito indicada para esses casos. É uma Terapia que trabalha com mudanças positivas nas atitudes das pessoas, muda a forma de pensar e de agir, de forma a parar de sofrer psicologicamente.
Como diz o título, seu cérebro pode ser seu médico. Se você precisa de um “piloto” para esse cérebro, para que ele consiga dar o comando correto para sua mente, para trabalhar suas questões pessoais conte com o psicólogo.
2° Tópico:
AS CAUSAS DAS DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS
São desconhecidas. Geralmente, apresentam-se como uma característica da família. As pessoas que sofrem desses distúrbios geralmente apresentam outras alterações da personalidade (personalidade narcísica ou dependente). Podem-se diferenciar dois tipos de distúrbios: os agudos e isolados (dor de cabeça, urticária, etc) e os crônicos e gerais (asma, úlcera, alergia, etc).
Sintomas:
Os pacientes que geralmente manifestam esse tipo de doenças apresentam as seguintes características:
· alguma doença orgânica real;
· dificuldade para reconhecer e expressar os seus próprios sentimentos;
· um ego bastante fraco ou frágil, com escassos recursos psíquicos;
· relação entre o aparecimento da doença orgânica e os conflitos, principalmente de alto impacto emocional;
· escassa capacidade para tolerar fatores de estresse;
· escassa capacidade de simbolização.
As síndromes e os sintomas psicossomáticos mais freqüentes são os relacionados com o aparelho digestivo, o respiratório, os sistemas vascular, locomotor, endócrino, e cutâneo.
Os sintomas mais freqüentes são: dor de cabeça, náuseas, vômitos, dor abdominal, menstruações dolorosas, perda da consciência ou do desejo sexual.
Diagnóstico:
As pessoas psicossomáticas não têm consciência de que a origem dos seus problemas é fundamentalmente psicológica, exigindo dos médicos a realização de exames e tratamentos diversos. Depois de ter sido determinado que a alteração é psicológica, a diferença existente com relação a outras doenças é determinada segundo a quantidade de sintomas e a extensão dos mesmos. A descrição dramática dos sintomas feita pelo paciente também contribui para o diagnóstico.
Tratamento:
A doença psicossomática geralmente permanece durante toda a vida, com gravidade variável e períodos de remissão dos sintomas. Recomendam-se as terapias de contenção, que procuram que o paciente obtenha melhores recursos para enfrentar os fatores de estresse e possa identificar e expressar os seus sentimentos.
No caso de o paciente ser menor de idade, sugere-se tratar também os pais, pois a crise psicossomática pode estar indicando conflitos no relacionamento familiar.
(Fonte: Site Salutia)
VICIADA EM CHOCOLATE
Devorar muitos bombons em poucos minutos é uma forma de a mulher compensar a queda de serotonina no cérebro.
Será o chocolate realmente uma espécie de droga?
Alguns acreditam que sim. Achei este artigo interessante para fazer uma avaliação:
Chochito, bombom, chocolate diet, alfajor, chicabon, bôlo de chocolate, etc.
Será que tudo que eu gosto é imoral, é ilegal ou engorda? (Já dizia o Roberto).
E além de tudo agora é droga!
Que droga! Ô lôco, meu!
Há mulheres que têm um desejo incontrolável por chocolate. Embora as razões ainda não tenham sido totalmente esclarecidas pela psiquiatria, sabe-se que esse "vício" é mais freqüente na fase pré-menstrual, quando ocorrem alterações nos níveis hormonais e queda na produção de serotonina. "O déficit desse neurotransmissor aumenta a sensação de tristeza e abatimento, tornando a mulher irritável e deprimida", explica Simone Mancini Castilho, especialista em Transtorno Alimentar no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, em São Paulo.
O distúrbio, chamado craving (o termo é aplicado também para a compulsão por outros alimentos), não ocorre apenas pela textura, pelo aroma ou pelo sabor do chocolate. É que em sua composição existe um aminoácido, chamado triptofano, responsável pela produção de serotonina no cérebro, cujo efeito é relaxante. "O consumo de chocolate é maior no início da noite, justamente por aliviar a tensão vivida durante o dia", afirma Simone.
A dependência ocorre por conta de ingredientes psicoativos do chocolate, as metilxantinas, que provocam bem-estar, efeito semelhante aos canabinóides, presentes na maconha.
3° Tópico:
Doenças Psicossomáticas, uma linguagem corporal
Inicialmente, cabe falarmos um pouco, sobre o que é a doença e abordagem psicossomática.
A doença, qualquer que seja ela, vai estar “presa” ao corpo. Este mesmo corpo que ao nascer, foi tratado (espera-se), com todo carinho e atenção. Pensemos um pouco, que este alguém que se dedicou a nós quando nascemos e também durante o nosso crescimento, nos deu carinho, afeição e amor (na maioria das vezes, nossa mãe) deixou em nós marcas profundas e que na certa, todos carregamos por toda a vida. Quando tais sentimentos, não foram proporcionados pela mãe, certamente o foram por outra pessoa.
Toda criança desperta em nós bons sentimentos. Uma criança possui uma força enorme, no sentido de mobilizar-nos emocionalmente; isso para não irmos um pouco mais adiante e dizermos, lembrando que “a criança é o pai do homem”.
Quando ficamos doentes, de certa maneira, voltamos ou tendemos voltar à condição de crianças; numa linguagem mais técnica, regredimos; ficamos mais “dengosos”, queremos atenção, consideração, cuidados, etc. Com tudo isso, quer dizer que quando adoecemos “procuramos” nossa mãe.
Assim ,quando somos crianças, somos fortes, conseguimos “seduzir adultos; temos um poder de persuasão muito maior do que quando nos tornamos adultos. Aqui, quando adultos, a doença pode, e às vezes assume as rédeas da sedução do outro. Quantas vezes, vemos pessoas doentes, que se aproveitam dessas doenças para obterem pequenos favores ou comodidades.
Quase sempre, “procuramos” as doenças das quais somos portadores. Esse procurar, no entanto, não é claro nem explícito pois, ele se mascara, escondendo-se atrás de sintomas, emoções e sentimentos.
Inúmeros são os sintomas que parecem ser de alguma doença orgânica e que na realidade, correspondem a uma manifestação corporal de depressão.
Conceitos e visões entrelaçam-se no conceito da doença. A visão centrífuga durante muitos anos, deu conta de explicações que tentavam justificar que o surgimento de uma doença é momentâneo e imediato e que seus males se disseminam pelo corpo, cabendo, então, a extirpação imediata da doença ou do órgão por ela afetado. Podem-se exemplificar inúmeras doenças; entretanto, citaremos algumas: problemas cardíacos; gastrites e úlceras. Neste tipo de visão de doença, uma gastrite tem seu início e eclosão no próprio estômago ou órgãos desse sistema. Uma doença do coração, tem seu foco de início no próprio órgão enquanto a úlcera tem como local de origem o estômago ou duodeno.
A visão centrípeta sobre o conceito de doença, procura não relacionar o órgão ou local onde a doença se mostra, como origem necessária dessa doença. O local, órgão ou região onde surge a doença ou os seus sintomas, se limitará apenas em ser o seu ponto de manifestação física. O que isso significa ? Esta doença, ora manifestada num determinado órgão, está sendo a expressão de situações ligadas a todo o contexto vivido pelo seu portador. Estamos, sem dúvida, falando de contextos nos quais se ligam emoções, sentimentos, afetos. Quando nos referimos o contexto vivido, ligado a emoções, sentimentos e afetos o tempo passa a ter grande significado. Estamos dizendo que esta determinada úlcera ou este problema cardíaco ou até mesmo uma gastrite, pode ter se iniciado por sentimentos de alguma perda afetiva, raivas reprimidas, enfim emoções que, no passado deixaram de ser expressadas de forma natural, espontânea. Em tais exemplos, cabe lembrar, não se encontra em questão, doença que apresentam a hereditariedade como causa.
Muitos médicos, atualmente, têm começado uma busca nos sintomas das doenças, através do Homem, da pessoa como um todo. Contudo, a Medicina, ainda mantém uma tendência a visualizar o doente, como algo passivo, como alguém que está ali para ser paciente, portanto, é a condição daquele que é portador de um mal, uma doença.
A pessoa doente ou com alguma sintomatologia, não representa, na visão psicossomática, uma pessoa inerte; em outras palavras, ela não é um doente, e, sim, uma pessoa que tem alguma doença. Isso é diferente. Enquanto alguém tem uma doença, significa que também tem coisas nele, não doentes, enquanto, se este alguém é doente, fica implícito que é toda doença.
Quanto a definição de psicossomática, é ao mesmo tempo uma filosofia – porque envolve uma visão de ser humano, uma maneira de definir o ser humano – é uma ciência que tem como objeto os mecanismos de interação entre a dimensão mental e a dimensão corporal.
De certa forma a Psicossomática também é uma prática clínica, cujo conjunto teórico muito se aproxima dos conteúdos das disciplinas Psicologia Médica e Psicologia Hospitalar.
Passamos agora pelo doente, Mac Lean, considera que os doentes psicossomáticos são incapazes de verbalização conveniente, pois suas emoções não estão ligadas aos processos intelectuais, e, por esse motivo as tensões se descarregam sobre o hipotálamo pelo sistema neurovegetativo, provocando as psicossomatizações.
Nas biopatias, que segundo a Escola Européia de Orgonomia, tem sua origem antes do nascimento. A emoção “medo” já está presente no plano verbal, e quando não há nenhuma manifestação somática, a emoção fica reprimida na consciência, mas presente no organismo. A evolução é imprevisível e depende de fatores desencadeantes, como por exemplo, stress físico ou emocional. Assim nas biopatias todo organismo está implicado, a doença invade o corpo.
Estudos apontam para uma ligação entre o estado mental e doença, com indícios convincentes de que o sistema imunológico poderia ser um importante elo entre o cérebro e a saúde física.
Segundo Goleman. D, o sistema imunológico é o meio através do qual o organismo se defende de doenças infecciosas e do câncer. Tem duas tarefas primárias: distinguir entre células “próprias” e células “não próprias” e, em seguida, destruir, neutralizar ou eliminar substâncias estranhas identificadas como não próprias, que naturalmente não fazem parte do organismo.
Inúmeras são as doenças que afligem o indivíduo, desencadeadas ou não pelo seu emocional. After-me-ei em algumas, iniciando pelo CÂNCER.
Nos Estados Unidos, têm surgido há algum tempo, muitos questionamentos que dão conta do Câncer enquanto doença cercada por questões afetivo-emocionais. No organismo vivo, cada célula, ou melhor, cada grupo celular específico, possui funções próprias, que são muito específicas, para aquele tipo de função desempenhada por aquele órgão. Como é de se esperar, todos os nossos sentimentos, afetos e emoções impregnam essas células. Senão, vejamos: quando ficamos com raiva, nosso organismo fica pronto ou para “fugir” ou para “lutar”, quando temos raiva, contraímos; nossos músculos ficam tensos, enquanto quando sentimos alegria, tranqüilidade, ocorre um abrandar dessas energias.
Existem Estudos que comprovam que pessoas mais fechadas, mais tensas e chegadas ao isolamento, tendem mais a desenvolverem quadros de tristezas, depressões e pessimismos. Seus corpos “sabem” o que as emoções lhes pedem e respondem com “obediência” , dando como resposta, quem sabe, uma cefaléia (dor de cabeça), uma gastrite (dor no estômago produzida por inflamação) ou quem sabe, uma doença do coração.
Às vezes, o que o corpo executou, não foi suficiente para redimir a pessoa da culpa, sobrevindo doenças mais graves, talvez, como uma desordenada proliferação de células defeituosas. Aliás, já foram comprovados em Estudos, que tais células sofrem um controle contínuo por nosso Sistema de Defesa Imunológico, que tem como finalidade, impedir uma produção desordenada de células anormais. Todos os componentes de nosso Sistema de Defesa Imunológico, ao que parece, estão ligados às emoções e sentimentos.
Um câncer, não se formou naquele momento, ou dias antes de ter sido detectado. Muitas vezes, ou na maioria das vezes, o seu desenvolvimento e evolução tiveram início muitos meses ou anos atrás, momento em que, “enviamos uma mensagem” para nosso Sistema Imunológico “ordenando” que algo deveria ser feito naquele sentido. Falta de carinho, distanciamento de afetos, ou quem sabe, raivas “incubadas” durante muitos anos, ocasionaram um proliferar desordenado de células ou grupos celulares.
Em se tratando de CORAÇÃO, a questão parece mais clara. Não há quem deixe de perceber seu coração acelera diante determinadas situações emocionais, bem como de atribuir alguma representação simbólica a ele, investindo-o, pois, de um significado subjetivo. Não obstante, os caminhos e a maneira através dos quais as emoções repercutem no coração.
Situações de ansiedade estimulam através do hipotálamo – a liberação de catecolaminas e corticosteróides, seja por ação direta do sistema simpático, seja por ação indireta sobre as supra-renais. Algumas dessas substâncias repercutem sobre o aparelho cardiovascular – elevação de freqüência cardíaca, da pressão arterial, vaso constrição periférica e outras reações.
Fazem também referência ao aparecimento de manifestações cardiovasculares desencadeadas por fatores emocionais; entre elas a doença coronariana e a hipertensão arterial, que são as mais comuns do mundo moderno.
E DOENÇAS DE PELE, acontecem ? A pele é um órgão particularmente fascinante, e as doenças de pele possa se enquadrar entre as biopatias do sistema nervoso, pois o sistema nervoso origina-se no ectoderma do embrião.
Ela é ao mesmo tempo intimamente privada e notavelmente pública, é a interface final entre o eu e o outro – o nosso mundo interior e o mundo externo. Acaba sendo o portal através do qual sentimos o mundo e pela quais nossas primeiras sensações aconteceram – o TOQUE – ao nascermos.
Como o maior órgão do nosso corpo (esticada, tem cerca de 2 metros quadrados), a pele é a primeira linha de defesa contra o ataque constante de micróbios, traumas físicos e elementos ambientais irritantes.
Pode-se esperar que um órgão tão complexo, traduza problemas emocionais em sintomas físicos ?
Os estudiosos tendem a afirmar que alguns problemas são causados por estresse, conflitos concernentes a sentimentos e impulsos hostis – agressivos, já que a hostilidade seria reprimida devido a sentimento de culpa. Bem como, há situações em que o contato, a carícia forem insuficientes, provocando uma erotização da pele.
As doenças dermatológicas consideradas biopatias primárias e que tendem a ter forte componente emocional são: eczema constitucional, psioríase, dermatite de herpes, alopecia (queda de cabelo em certas zonas), línquem, liquitose (pele de peixe), causando em algumas situações muito constrangimento à pessoa, desfavorecendo sua auto-imagem, até por ser uma doença fisicamente visível.
Nesse momento não é somente primordial dissertarmos as inúmeras doenças e suas causas, mas também termos consciência se contribuímos para o desencadeamento delas, como ? estressados, insatisfeitos, culpados ...Percebemos que o nosso organismo não está separado de nossas experiências e que aquilo que vivemos - nossos pensamentos, sentimentos, necessidades e crenças- tem uma repercussão no funcionamento de nosso corpo.
A doença vem deflagrar algo a respeito de nós mesmos e de nossas vidas
4° Tópico:
“Bem como dizia o comandante, doer, dói sempre. Só não dói depois de morto, porque a vida toda é um doer.
O ruim é quando fica dormente. E também não tem dor que não se acalme – e as mais das vezes se apaga. Aquilo que te mata hoje amanhã estará esquecido, e eu não sei se isso está certo ou errado, porque o certo era lembrar. Então o bom, o feliz se apagar como o ruim, me parece injusto, porque o bom sempre acontece menos e o mau dez vezes mais. O verdadeiro seria que desbotasse o mau e o bom ficasse nas suas cores vivas, chamando alegria.
Pensei que ia contar com raiva no reviver das coisas, mas errei. Dor se gasta. E raiva também, e até ódio. Aliás também se gasta a alegria, eu já não disse?
Embora a gente se renove como todo mundo, tudo no mundo que não se repete jamais – pode parecer que é o mesmo mas são tudo outros, as folhas das plantas, os passarinhos, os peixes, as moscas.
Nada volta mais, nem sequer as ondas do mar voltam; a água é outra em cada onda, a água da maré alta se embebe na areia onde se filtra, e a outra onda que vem é água nova, caída das nuvens da chuva. E as folhas do ano passado amarelaram, se esfarinharam, viraram terra, e estas folhas de hoje também são novas, feitas de uma seiva nova, chupada do chão molhado por chuvas novas. E os passarinhos são outros também, filhos e netos daqueles que faziam ninho e cantavam no ano passado, e assim também os peixes, e os ratos da dispensa, e os pintos... tudo. Sem falar nas moscas, grilos e mosquitos. Tudo.”
Dôra, Doralina - Raquel de Queiroz - 1975
1. Visão Geral
Entendemos com doenças psicossomáticas as doenças que têm um componente psíquico. Mas sempre me pergunto: qual doença não tem uma emoção sendo ex-pressa?
Freud já dizia “nada é meramente psíquico ou meramente somático..."
Podemos pensar que o corpo expressa, põe para fora as emoções que por vezes escondemos de nós mesmos. Nosso corpo fala através de gestos, mímicas, contraturas, calor, tremor, dores de barriga, sustos, travamentos dos dentes, enfim tantas e tantas demonstrações físicas.
Por que isto acontece?
Percebemos que nem sempre há conexão do que expressamos verbalmente (o que DEVEMOS SOCIALMENTE DIZER), para aquilo que expressamos fisicamente. Podemos mentir, desempenhar papéis sociais, tolerar o intolerável aparentemente. Mas nosso corpo expressa as emoções mais genuínas, porque as emoções são INCORRUPTÍVEIS.
Quando somatizamos, temos a consciência de que forçamos além da conta uma emoção. E assim, lá vem um resfriado, uma diarréia, um herpes, uma enxaqueca!
Mas na maioria das vezes, somos rígidos em nossos papéis a desempenhar neste mundo e para fazê-los, desconectamos das nossas emoções. Não há CONEXÃO. Cabeça pensa por um lado, corpo sente e expressa por outro. Começamos a carregar à “sombra” nossas emoções mais básicas de amor/raiva/tristeza/medo.
Alextmia é o nome dado a desconexão mente/corpo do sintoma. As pessoas que sofrem de problemas psicossomáticos não vêm correlação do que sentem fisicamente com algum problema emocional.
Mas o que vemos em todos os trabalhos desenvolvidos neste sentido, é a necessidade da CONEXÃO MENTE E CORPO para a cura. Aprender com os sintomas o que eles querem dizer. E na maioria das vezes, os sintomas vêm como uma tentativa de desmascarar o que estava escondido – A SOMBRA das emoções.
No livro a Doença como Caminho, de Rudger Tarkle e .................., o autor nos mostra como o próprio nome já diz que toda doença é o caminho para a saúde, pois traz à tona as verdadeiras emoções escondidas lá dentro de você.
Mostra a doença como um sinal de alerta para uma mudança de postura: aprender a ver suas outras partes, negadas; sua polaridade.
De certa forma, fazer a conexão! Conhecer quais as emoções que você tem receio de lidar porque aprendeu a desempenhar papéis do que deveria ser e portanto fica difícil demonstrar raiva, tristeza e medo todo o tempo e com todos que o arcam.
Já começamos desde pequenos tendo que aprender a engolir o choro; a não reclamar com os mais velhos, eles sempre sabem mais! E aos poucos, vamos aprendendo a ser “algo” que deveríamos ser e vamos esquecendo o que realmente somos, desejamos e queremos. Mas nossas emoções, incorruptíveis que são, vão ficando represadas nos machucando profundamente. A represa cheia extravasa por algum lado. Costuma extravasar em algum órgão alvo.
Por incrível que pareça, o corpo é tão sábio que até mesmo as partes do corpo atingidas têm uma leitura especial. Por exemplo, a vesícula biliar (fel) expressando a raiva guardada. Veja os livros Doença como Caminho, Doença como Linguagem da Alma, Doença como Símbolo, Quem ama não Adoece, Você pode curar sua vida, etc....
Para Dra. Teresa Robles, desempenhamos papéis, que quanto mais rígidos forem, mais nos levam a chance de sofremos de uma doença psicossomática. Somos formados de partes, por exemplo: parte amorosa, parte guerreira, parte sonhadora, etc... Se ficamos rígidos desempenhamos apenas uma das partes, adoecemos. Não conectamos, não extravasamos nossas emoções. Uma mãe muito boa, educada para ser amorosa com filhos e marido, fica rígida nesta postura para ser querida (bem amada) e acaba por ser desprezada por filhos e marido. Sofre, tem raiva, não pode expressar e assim adoece para pôr para fora suas mágoas.
Ficando rígida na parte amorosa
as outras partes não se comunicam? a emoção não flui? doença _ sombra _ aceitar a doença? o escondido, a polaridade _ caminho para a conexão.
As emoções, como diz Teresa Robles, falam através do nosso corpo. Elas se manifestam de todas as formas. Teresa nos ensina a ver todas as emoções e como elas se manifestam. Veja:
Raiva - Tristeza - Inveja - Amor
Como se manifestam no nosso corpo?
Na pele
Nos olhos
Na respiração
Nos dentes
No coração
No estômago
Nos músculos
Nos intestinos, etc.
Não é interessante perceber que temos sensações físicas específicas, e que estas reações são de acordo com o que sentimos uma resposta específica?
Se tenho raiva, cerro os punhos, travo os dentes, arregalo os olhos, fico quente, disparo o coração. O que o meu corpo quer dizer? Que estou pronto para atacar!
Assim, cada emoção prepara meu corpo para desempenhar uma reação a ela. E quando não vejo, não percebo, não sinto?! O corpo vai realizando e represando as emoções e os nossos órgãos desconectados chegam num ponto que berram por socorro.
Por isso, chegamos ao trabalho da relação médico-paciente, terapeuta-cliente. Descobrir o que este sintoma quer dizer para aquela pessoa.
Qual é a sombra? O que esconde este sujeito de si mesmo? Que emoções vem sendo escondidas? Percebemos que a RAIVA e a TRISTEZA são as grandes vilãs. Os órgãos apenas o caminho escolhido.
Tratar o sujeito ou tratar a doença? Cada vez mais compartilhamos da visão do todo. Tratar o sujeito, é claro! Somente o órgão, a parte, permanecemos com a sombra.
CONEXÃO é a meta. Mas o que conectar? As emoções não percebidas. Também sabemos que o sujeito que sofre destes males não faz conexão. Aí entram as novas técnicas psicoterápicas de conexão com situações traumáticas, conflitantes, recalcadas.
2. Como devemos tratar
A primeira coisa a saber é que estamos lidando com algo que a pessoa não simboliza em termos da emoção vinculada aquele sintoma. O corpo da pessoa fala. Há uma desconexão.
A doença é aquela verdade que a pessoa esconde de si mesma. O tempo todo incorruptível, trazendo a sombra, a emoção retida que a pessoa não pode ver de uma maneira simbólica. Assim, o sintoma é uma saída que a pessoa encontra para expressar o que ela não consegue falar ou sentir. Todo sintoma traz um caminho para a saúde. Mostra que algo não vai bem. Há sentimentos escondidos. Põe para a fora o que é necessário.
A doença não mente! Traz a polaridade que está sendo negada, negligenciada. Põe o sujeito para lidar e resolver o que o impede de ser o que ele deseja ser. A emoção e o sintoma são INCORRUPTÍVEIS! Eles querem que o sujeito mude o caminho da vida. Cada doença mostra um caminho metafórico e nos propõe algumas perguntas interessantes:
O que este sintoma te impede?
O que este sintoma te obriga?
O que aconteceu com você nos anos anteriores ao surgimento do sintoma?
O que você gostaria de estar fazendo e não pode fazê-lo?
Há pessoas envolvidas no seu problema de saúde? Como?
Com o que se parece seu problema? (Sugerir uma metáfora/analogia).
As pessoas que sofrem de problemas psicossomáticos têm dificuldades de simbolizar, fazer analogias, sentir emoção. Aprenderemos técnicas derivativas que nos possibilitam pelos símbolos, cores, chegar até as emoções retidas, recalcadas. Normalmente as pessoas estão cansadas de se machucar, aprendem a evitar os problemas e a doença aparece para avisar que ainda é preciso fazer alguma coisa.
É preciso aceitar a doença, para poder curá-la. Mesmo que isto traga tristeza e sofrimento é a maneira honesta de ouvir o que seu corpo fala sobre você. Precisamos ter coragem de sentir este sentimento para poder curar. É como assumir a guerra e assim lutar! Conhecer o que a doença quer dizer, que coisas devo matar, retirar, mudar para sarar. O que devo cuidar? Dos sentimentos, é claro.
Não podemos pensar em curar uma pessoa num dia! Isso seria uma grande pretensão! Há técnicas como das mãos paralelas de E. Rossi que pode fazer um belíssimo trabalho, às vezes, em até uma sessão. Mas a remissão dos sintomas necessita tempo de recuperação, cicatrização, etc. Existe um comprometimento físico, muitas vezes, já avançado (artrite reumatóide, câncer com graves lesões, etc.) que necessitam tempo para recuperação. Esta recuperação dependendo do órgão e lesão pode levar semanas, meses ou ano.
Cada caso é único. O corpo de cada um reage de uma maneira e também cada um metaboliza emoções de uma maneira.
Aqui, vale mencionar as crenças limitantes que cada pessoa possui. As profecias que ela se faz de cura, de morte. Também precisamos ver os traumas que cada pessoa passa e deixam marcas que retornam com os sintomas.
Sabemos que em famílias rígidas há maior tendência a doenças psicossomáticas pois não se pode expressar as emoções.
Veremos, a seguir, técnicas utilizadas para as doenças psicossomáticas.
Gostaria antes de mencionar que os casos de insucessos podem estar em relação direta com a relação terapêutica. A falta de rapport, de poder dar o anteparo necessário, a confiança para o cliente se abrir. Às vezes, o terapeuta quer ir depressa demais em dar a solução. Por outras, não vê o cliente em seus valores, ou duplo vínculo (saúde/doença _ o que ganho se perder a doença). E no mais, quando o cliente ainda não está preparado, não se chega a real sombra do que causa o problema.
Mas, saudavelmente, a doença aparece até que o sujeito vá lidar com seus verdadeiros problemas.
Resumido:
Sombra _ aceitação da emoção difícil _ trauma/crenças limitantes trabalhadas_ torna-se desnecessário ter o sintoma _ conexão saúde.
Resistência _ sombra permanece _ aumenta pressão _ doença fica mais forte _ obrigando o sujeito a seguir o caminho da pior forma possível.
Resumo
· A pessoa adoece quando desconecta da emoção.
· As emoções são incorruptíveis.
Todo ser humano tem polaridades. Se não está em equilíbrio com suas partes a sombra aparece como doença.
· Os órgãos são como metáforas:
rins – parelha, amor
artrite reumatóide – pare! desacelere! mostra os punhos cerrados, a raiva que não se fala.
rinite – irritação com o que vem de fora, raiva.
enxaqueca – raiva sobe à cabeça. Me deixe quieto!
anorexia – me deixe magra! Não quero ter bebês!
cólicas menstruais – ei, estou menstruada, sou mulher, mas tenho muita raiva para aceitar.
Assim, pode ver que as doenças têm sua maneira particular de mostrar as emoções escondidas.
· Saúde – depende da aceitação e da conexão.
· Ir contra a doença só aumenta os sintomas.
Encare, tenha coragem de aceitar o lado sombra e a luz aparece!
Várias Fontes...
By Rô: Galera vamos falar ainda mais sobre doenças psicossomáticas...Esperem que virá muitas coisas esclarecedoras...
Os médicos existem pra nos curar, se não fosse assim Deus não teria dado a eles sabedoria...
E ser patologicamente doente não é ser doido(a), é ter uma doença que precisa de tratamento...Ok?
Ignorância evangélica é inadimissível...vamos deixar de ser julgadores, pq nsó quem tem direito de julgar é Deus...
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