Há muitas escolas que não passam
de jacarés, devoram as crianças em nome do rigor,do ensino apertado de boa
base, de preparo para o vestibular .É com essa propaganda que elas convencem os pais e cobram mais caro.
Mas e a infância ? E o dia que
não se repetira mais ?
Durante muitos anos os educadores
estavam interessados em discutir sobre a capacidade de aprendizagem de aprendizagem do ser humano. Nesse sentido
ainda escutamos alguns professores imprudentes dizerem: “esse aluno não aprende nada , por mais que eu fala , ele não aprende.
Hoje, as afirmações desse tipo
são ultrapassadas, pois não restam duvidas sobre o potencial da aprendizagem.
Todos são capazes de aprender .
Atualmente uma discussão
pertinente entre os educadores não questiona se
“o aluno aprende ou não aprende” ou o quanto ele aprende”, mas esta
voltada a questões mais amplas como: “De que modo podemos favorecer a
aprendizagem” que ações pedagógicas adotaremos para facilitar a construção de
conhecimentos.
Essa perspectiva qualitativa (e
não quantitativa) do ato de aprender e de extrema relevância ao educador porque
ele tem um papel de destaque nas descobertas e na aprendizagem de seus
educandos.
O caráter “quantitativo” da aprendizagem, amplamente difundido na escola
convencional, é um equivoco na condução do processo educacional,como nos
ilustra a afirmação de Albert Einstein. “Por vezes, vemos na escola
simplesmente o instrumento para a transmissão de certa quantidade máxima de
conhecimento para a geração em crescimento. Mas isto não e correto . o
conhecimento e morto. A escola, no entanto seres vivos. (Einstein 1994.p.36)
Ao analisar essas considerações
concluímos que o foco da educação atual de ser cada vez mais o processo e não o
produto, porque o produto valoriza a quantidade e não contempla a qualidade da
aprendizagem. Para efetivamente colaborarmos com a construção de saberes por
parte de nossos alunos, e preciso conhecer as dimensões humanas envolvidas no
processo de aprendizagem .
Os estudos na área da Psicologia
e Psicopedagogia geraram novos conceitos sobre as dimensões da aprendizagem
humana e fornecem dados importantes para qualificarmos as interações nos
ambientes educacionais.lembramos, então as quatro dimensões envolvidas na
aprendizagem .
A dimensão cognitiva e sem
duvida a mais cultuada na educação. Ela esta relacionada com a forma racional e
estruturada do conhecimento. Por décadas
os educadores só olharam para
esta dimensão da aprendizagem , e muitas vezes
confundiram-na com o próprio conteúdo das ações pedagógicas.
Sabemos que a cognição e
fundamental a aprendizagem humana .No entanto
ela ai alem do conteúdo, frio, racional e estanque proposto em diversas
salas de aula de nosso pais .
Uma visão mais atual e completa
da dimensão cognitiva, abarca as
relações,as coordenações, e as ações
que o homem realiza em sua vida. Os domínios cognitivos englobam as distinções, as operações, os
comportamentos, os pensamentos e as reflexões. Por isso, a observação da
cognição na pratica educativa deve incluir o domínio das ações.( o saber
fazer).
A dimensão afetiva da aprendizagem , a mais importante para a
educação infantil . Ela e fundamental porque as emoções perpassam todo o tipo de interação humana.
Não possuímos um botão para ligar ou desligar nossas emoções – elas estão
sempre presentes em nossas vidas.
Sendo a emoção intrínseca a
qualquer ação humana, seja de forma direta ou indireta, a dimensão
afetiva,permeia e estrutura as outras estruturas do nosso ser. Até mesmo a
dimensão cognitiva é permeada pela afetividade. Devido a esses fatores
precisamos valorizar a dimensão afetiva em todas as nossas ações pedagógicas, a
fim de favorecer as relações interpessoais e interpessoais dos alunos.
Enriquecer suas interações e consequentemente facilitar seus aprendizados.
A dimensão psicomotora abrange
as relações corporais e motoras que o homem estabelece com o ambiente e com
outros seres. É um aspecto fundamental durante a infância porque ate os
seis ou sete anos de idade, ela
representa a principal via de expressão da criança. Se não valorizarmos a
psicomotricidade, interferimos negativamente no desenvolvimento das outras
dimensões humanas.
A valorização das dimensões
psicomotora principalmente na infância potencializa a aprendizagem, o comportamento,
a cognição e a afetividade. Sendo assim a Educação Infantil fundamenta-se em
atividades psicomotoras e oferece as condições necessárias para que as outras
dimensões possam progredir.
Nossa pratica escolar diária
reflete esse conceito.Quase todas as ações que propomos as crianças envolvem o
corpo, o movimento e a moricidade.
A dimensão de fé e crenças não é menos importante para a
aprendizagem. No entanto ela foi negada pela ciência clássia e pelos teóricos
da educação durante muito tempo. Esses estudiosos pareciam desconsiderar que
todo ser humano vive em uma cultura com crenças e valores morais e éticos.
Somos seres da mesma espécie, mas
demonstramos grandes diferenças culturais. Os valores culturais são
transmitidos e transformados ao longo
das gerações constituem nossa historia.
Sabemos que a cultura engloba crenças, religiões, ideologias, valores, visões
de mundo e do próprio ser, influenciando nosso pensamento e nossa aprendizagem
.
Devemos observar e respeitar a
dimensão de fé e crença sempre presentes
nas relações do individuo com sua aprendizagem . valorizar e aceitar as
diferenças culturais de cada educando
significa colaborar com sua aceitação social com as suas interações com o seu
aprender .
Apresentamos cada uma das dimensões
da aprendizagem em separado para você visualiza-las e compreende-las mais
facilmente. Porém fique com a falsa impressão de que estas dimensões são
estanques.não e possível desenvolver a cognição sem trabalhar a afetividade ou
a psicomotricidade sem respeitar a cultura de cada comunidade. Uma educação de
qualidade valoriza todas as dimensões humanas.
Obs: Material recebido por Elias, contribuição voluntária. Grata ;)
Max
G.Haetinger
Psicopedagogo
Especialista
em criatividade
Mestre
em educação
www.institutocriar.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário