Tentando entender esse movimento crescente no Brasil...Vamos lá?
Luta por igualdade entre homens e mulheres
Luta por igualdade entre homens e mulheres
Feminismo deve ser entendido como um conjunto de teorias que, segundo
as feministas e intelectuais, dividiram a história do movimento em três
momentos: o primeiro refere-se fundamentalmente à conquista do sufrágio
feminino, movimentos do século XIX e início do XX preocupados
principalmente com o direito da mulher ao voto. O segundo grande
movimento diz respeito às ideias e ações associadas com os movimentos de
liberação feminina iniciados na segunda metade da década de 1960, que
lutaram pela igualdade jurídica e social das mulheres. O terceiro grande
momento, tendo iniciado na década de 1990, pode ser considerado uma
continuação e uma reação às falhas do segundo movimento.
A primeira grande fase do movimento feminista se refere à intensa
atividade das mulheres ocorrida durante o século XIX e fim do século XX,
na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos. Esse movimento tinha como foco
basicamente a promoção dos direitos jurídicos, como a questão de
direitos contratuais e de propriedade, oposição aos casamentos
arranjados e à propriedade de mulheres e filhos pelos seus maridos.
Todavia, no final do século XIX, o objetivo do movimento focou,
principalmente, a conquista do poder político, especialmente o direito
ao voto.
O segundo grande momento do feminismo teve como objetivo a liberação da
mulher e se refere a um período de intensa atividade feminista que teve
início na segunda metade da década de 1960 e durou até o final dos anos
1980. As feministas dessa segunda onda viam as desigualdades culturais e
políticas das mulheres como questões intimamente ligadas. Utilizando do
surgimento e da eficácia da comunicação de massa, as feministas
encorajavam as mulheres a refletirem sobre diversos aspectos de suas
vidas pessoais como estando profundamente relacionadas ao poder –
estrutura de poder sexista.
Nesse período que surgiram nos Estados Unidos expressões como
“Liberação das mulheres”. Protestos feministas, como a famosa queima de
sutiãs, ficaram associados a essa fase do feminismo. Contudo, uma das
críticas mais contundentes a essa fase do movimento argumenta que as
feministas teriam passado por cima da questão da divisão de classes e
com isso não conseguiram atingir os reais pontos que dividiam as
mulheres.
Por fim, o terceiro grande movimento feminista começou na década de
1990, em resposta às supostas falhas do movimento anterior. Esse momento
do movimento objetivava evitar definições essencialistas da mulher,
tipicamente da segunda fase, que se baseava essencialmente nas
experiências das mulheres brancas de classe média-alta norte-americanas e
britânicas.
Esta terceira fase do movimento desafiou os paradigmas do momento
anterior do feminismo, colocando em discussão a micropolítica e a
discussão sobre o que é melhor para as mulheres. Dentre as questões mais
importantes defendidas pelas mulheres dessa fase estão as discussões
relativas à questão cultural, social e política da cor, principalmente a
participação da mulher negra na sociedade, assim como o debate do
feminismo da diferença, cuja discussão se centrou nas diferenças entre
os sexos, enquanto que outras vertentes consideram não haver diferenças
entre homens e mulheres, cujos papeis estariam socialmente
condicionados.
Fonte> Orson Camargo
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
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