Caráter Esquizóide
Esse post tratará do Caráter
Esquizóide. Gostaria de apontar que é dificil encontrar caráteres puros,
o que encontramos normalmente são traços de caráter.
O Esquizóide apresenta rupturas em sua
relação com a realidade – tanto externa quanto interna. É como se ele
não estivesse em seu próprio corpo. Rejeita a realidade e tem
dificuldades de lidar com a parte egóica da vida – ou seja – aquela
parte prática e material do dia-a-dia. Também não tem acesso a seus
próprios sentimentos e a sua falta de unidade corporal transparece em um
corpo fragmentado, que passa a impressão de ser mecânico e sem energia.
Para compensar essa desconexão entre
suas partes suas articulações são tensas, como numa tentativa de manter
as partes unidas. Corporalmente encontramos certa assimetria e uma falta
de graciosidade. Passa a impressão de quem vive no mundo das idéias… ou
o próprio mundo da lua!
Por ter energia ao nível dos olhos os
esquizóides podem ser pessoas muito inteligentes num nível racional.
Conseguem pensar fora da caixa, diferente, ver o mundo além. O trabalho
terapêutico que deve ser feito é facilitar sua conexão com lado
emocional para que ele possa desenvolver as emoções que ainda estão
infantilizadas. Integrar aqui é ter a possibilidade de pensar e de
sentir ao mesmo tempo.
Os esquizóides têm verdadeira
dificuldade para se socializarem, até pela dificuldade de compreender os
sentimentos alheios. Preferem ficar sozinhos, pensando nas grandes
questões do mundo.
O conflito básico do esquizóide é
existência x necessidade. Como se ele pudesse existir se não tivesse
necessidades. Um mínimo de existência com um mínimo de necessidades. É
como se ele ainda estivesse no primeiro degrau da pirâmide de Maslow.
Como se se agarrasse à sobrevivência justamente por possuir pouca vida.
O esquizóide é de fato um sobrevivente, pois teve sua existência
ameaçada em períodos muito primitivos de seu desenvolvimento
psico-emocional.
Pra mim isso está se tornando uma praga.
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