quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Vigiar o parceiro nas redes sociais pode acabar até com casamento

By Tatiana Ades
"A brincadeira de estar numa espécie de reality show cibernético transforma as pessoas em seres muito mais desconfiados, ciumentos e bisbilhoteiros" Todo mundo gosta de entrar em redes sociais para rever amigos, reencontrar pessoas de longa data, postar novidades e fazer novas amizades. No entanto, a forma como parte das pessoas usa as redes sociais vem provocado brigas e até separações entre casais. Em consultório, uma das principais queixas dos pacientes está vinculada ao uso que se faz dessas redes. O motivo é o ciúme decorrente de postagens e de novos contatos feitos pelo companheiro. Ana Amelia (nome fictício) me conta que passa cerca de seis horas por dia no Facebook vigiando o perfil do namorado. Ela observa tudo: quais postagens ele “curte “, quais pessoas entraram pra sua rede de amigos, quantas mulheres falam com ele, de que forma falam e se ele responde ou não a elas. Sua insegurança chegou ao ponto de ficar conectada à página do namorado até mesmo no trabalho, perdendo o foco de suas tarefas como secretária. As discussões com seu parceiro são diárias e ele chegou a cancelar o perfil várias vezes e voltou, pois ela assim lhe exigiu, argumentando que ele poderia criar um fake para enganá-la. Eduardo (nome ficiticio) também chega no consultório eufórico e exclama: - Consegui as senhas ... as senhas do Facebook e de outras redes sociais dela! Ele me conta que passou a noite digitando senhas até sentir o prazer de entrar e ter acesso ao mundo secreto da namorada, ler mensagens pessoais e verificar com que amigos ela conversava em segredo. Ele não encontrou nenhum sinal de traição, mas está tão obcecado com a possibilidade de vigiá-la virtualmente, que não consegue parar; diz que algum dia achará uma pista. Amélia (nome ficiticio) terminou um casamento por causa do Facebook. Ela começou a mandar mensagens para as mulheres da lista de contato do marido, chamando-as de nomes vulgares e pedindo para ficarem longe dele. Além disso, criou um perfil fake para testar a fidelidade do marido, seduzindo-o e enviando mensagens eróticas e provocadoras. E no dia em que ele aceitou receber uma foto da desconhecida e se mostrou mais aberto e simpático, ela diz que sentiu ciúme do próprio fake criado e esperou ele chegar em casa para iniciar mais uma briga violenta. Mas dessa vez ele não suportou e foi embora de casa. Até onde a forte atração pelas redes sociais nos tornam escravos? Até onde a paixão pelo outro nos leva a espioná-lo online e consequentemente sentir ciúme? Cada vez mais a sociedade se transforma numa espécie de stalker virtual. Muito próxima ao objeto amado, tem a possibilidade de espioná-lo. Cadê o olho-no-olho, o diálogo sincero e a confiança no outro? A brincadeira de estar numa espécie de reality show cibernético transforma as pessoas em seres muito mais desconfiados, ciumentos e bisbilhoteiros. As possibilidades de traição aumentam com a internet, por isso a desconfiança também. Mas... confiança é incondicional, independe de época e de valores sociais. Deveríamos aprender a exercitar mais esse canal tão fechado. Esperto que tenham “curtido’ o artigo e que compartilhem. * Stlaker: nome dado ao obcecado que persegue a vitima sem parar, seguindo, telefonando, enviando mensagens, etc. AVISO IMPORTATE ESTE BLOG ESTÁ DE ACORDO COM A LEI 9.610 DOS DIREITOS AUTORAIS NA INTERNET, PARA VER A POSTAGEM DE ORIGEM CLIQUE NO AUTOR. OBRIGADA PELA VISITA E VOLTE SEMPRE! RO CARVALHO

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