sábado, 4 de agosto de 2012

Mercado de sex shop cresce e atrai marinheiros de primeira viagem


Por falta de opção, sorte ou outro fator, cinco empresários entrevistado pelo iG fazem sucesso num negócio que cresceu 17% em 2010


Texto:Gustavo Poloni

No filme “De Pernas pro Ar”, Alice (personagem interpretada por Ingrid Guimarães) é uma executiva que perde o emprego no departamento de marketing de uma fabricante de brinquedos e resolve usar sua experiência para ajudar uma amiga a salvar seu sex shop. Sem querer, entra num mundo desconhecido e cheio de novidades - e as descobertas garantem boas gargalhadas aos espectadores. A trama é inspirada na história de Érica Rambalde, paulista radicada no Rio de Janeiro que trocou o mercado financeiro pelo erótico após ser demitida do emprego e terminar seu casamento. Com alguns ajustes aqui e ali, a produção poderia se encaixar na trajetória de muitas pessoas que se destacam no setor, que cresceu cerca de 17% em 2010. Para contar a história de alguns deles, o iG entrevistou cinco empresário que se destacam no mercado de produtos eróticos do País (conheça a história deles nos links abaixo). Sem exceção, todos começaram a vender vibradores e gels lubrificantes quase por acaso.


Cena do filme de "De Pernas pro Ar": a arte imita a vida

O mercado de produtos eróticos não é novo no Brasil. O primeiro sex shop do País foi inaugurado em 1978 por um empresário que começou a trazer produtos eróticos da Europa. Batizado de Complement, a rede de lojas chegou a ter 22 unidades, mas viu-se obrigada a fechar as portas doze anos depois, por causa do Plano Collor. Apenas nos últimos anos que esse mercado realmente começou a florescer. Segundo a Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme), 80% das empresas do setor foram criadas nos últimos cinco anos. Algumas delas apresentaram um crescimento incrível nesse período. É o caso da Hot Flowers. Criada por Edvaldo Bertipaglia, ex-vendedor de produtos de limpeza, ela cresceu 1000% de quatro anos para cá. Hoje, fatura R$ 24 milhões por ano e é a maior fabricante de produtos eróticos da América Latina.

Dona de butique erótica quer distância dos sex shop
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Dono do maior sex shop trabalha com conteúdo adulto desde os 15
Maior fabricante de produtos eróticos fatura R$ 24 milhões
“Quero levar as pessoas para o mundo da fantasia”, diz empresário

Apesar do crescimento e da consolidação, ninguém sabe ao certo qual é o tamanho do mercado brasileiro de produtos eróticos. Algumas pessoas afirmam que ele movimenta R$ 900 milhões ao ano. O problema deste número é que ele está contaminado pela receita de atividades como boates de striptease, motéis e casas de suingue. Ou seja, é um valor fora da realidade. Nos próximos meses, a Abeme pretende divulgar o resultado de um estudo que vai mensurar o tamanho do mercado. Algumas particularidades, no entanto, já são conhecidas. Existem 30 fabricantes, 50 distribuidores, 15 importadores e 650 lojas virtuais. Ao todo são 10 mil pontos de vendas no país, que incluem também as sacoleiras que oferecem o produto de porta em porta.

O sex shop nasceu na Alemanha e tinha como finalidade cuidar da saúde sexual das mulheres. Na década de 1980, as lojas ficaram mais masculinizadas por conta da venda de filmes pornográficos e dos shows de striptease. Nos últimos 10 anos, no entanto, teve início um processo de retomada dos sex shops pelas mulheres. Apesar da popularização das lojas e o lançamento de filmes como “De Pernas pro Ar”, ainda existe muito tabu e preconceito no Brasil quando o assunto é produto erótico. Nos Estados Unidos, algo em torno de 50% da população adulta já experimentou um vibrador. No Brasil, esse número não passa de 15%. Apesar disso, as vendas não param de crescer. A Loja do Prazer registrou 40% de aumento em 2010 em relação ao ano anterior. Considerada o maior sex shop do País, o site recebe mais de um milhão de visitantes ao mês e fatura oito mil pedidos.


Obrigada pela visita e volte sempre.

Rô Carvalho

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