Mais Freqüentes das
Disfunções Sexuais Masculinas
É importante compreender que inúmeros fatores podem levar a uma disfunção sexual. Em muitos casos, na realidade, observamos uma associação de fatores diversos. Por exemplo: quando o homem se vê diante de um problema de natureza orgânica, é extremamente raro que não se some a isto, também, um fator emocional.
Fatores Não Orgânicos
Socioculturais
Como vimos anteriormente, a complexidade de nossa sociedade criou conceitos e padrões de conduta de ditam o comportamento sexual considerado adequado.
Normas familiares, religiosas e sociais, crendices e mitos sexuais, interferem no comportamento sexual do indivíduo, gerando conflitos, muitas vezes responsáveis pelas suas dificuldades.
Emocionais
O estado psíquico do indivíduo em relação ao sexo pode gerar ansiedade, culpas, medos, hostilidade e defesas que irão interferir indiretamente na sua atividade sexual.
Experiência Passadas
A sexualidade, como toda experiência humana, é aprendida e desenvolvida.
As experiências passadas tem uma atuação direta no comportamento sexual do indivíduo.
Críticas e repressões infantis em relação ao sexo, uma iniciação sexual desagradável, violências sexuais, e outras experiências traumáticas, certamente prejudicarão o desempenho futuro.
Fatores Ocasionais
Dificuldades familiares, estresse, depressão, dificuldades financeiras, ameaça ao emprego, entre outras circunstâncias podem comprometer a atividade sexual, em uma determinada fase da vida.
Nestes casos, resolvidas as situações aflitivas, geralmente o problema desaparece. Porém, na dependência da importância dada pelo indivíduo ao comprometimento sexual, a dificuldade pode persistir, mesmo tendo desaparecida sua causa básica.
Problemas de relacionamento do casal, causados por: intolerância, ciúmes, decepções, infidelidade, hostilidade, rotinas sexuais empobrecidas, diferenças de preferências sexuais, temor de não corresponder às expectativas do parceiro,falta de comunicação, entre outros.
Fatores Orgânicos
Diversas patologias, quer por sua atuação direta nos órgãos genitais, que pelo comprometimento geral do organismo podem, obviamente, prejudicar as diversas fases da resposta sexual.
Malformações Genéticas e Congênitas
Agenesia ou atrofia de testículos - ausência ou falha do desenvolvimento dos testículos causando uma produção deficiente do hormônio masculino. Levaria ao comprometimento do desenvolvimento das características sexuais e do desejo sexual.
Hipospádia - é a abertura do canal da uretra na face de baixo do pênis.
Epispádia - é a abertura do canal da uretra na face de cima do pênis
Hermafroditismo ou pseodo-hermafroditismo, Síndrome de Klinefelder, grandes alterações genéticas com ambigüidade dos caracteres sexuais
Doenças dos Órgãos Genitais
Podem causar dor e desconforto durante a atividade sexual.
Fimoses cerradas.
Doenças da pele.
Herpes.
Tumores do pênis.
Infecções da uretra, próstata e bexiga.
Doença de Peyronie - entortamento do pênis.
Infecções e Inflamações dos testículos e epidídimo, etc.
Doenças Sistêmicas
Independente de qualquer outra razão, é compreensível que uma pessoa acometida de uma doença que comprometa seu estado físico apresente um certo desinteresse pela atividade sexual.
Alterações nas diversas fases da resposta sexual humana podem ser encontrada com mais freqüência em indivíduos que sofrem de determinadas doenças tais como: arteriosclerose, hipertensão arterial, Insuficiência renal, insuficiência hepática, insuficiência coronariana, doenças endócrinas como, por exemplo, o diabetes, doenças da glândula tireóide, doenças das glândulas supra-renais e depressão.
Nos casos de insuficiência coronariana e no infarto agudo do miocárdio,independente do comprometimento arterial, a presença da disfunção psicogênica é freqüente e provavelmente devida ao medo do esforço físico que os pacientes apresentam.
Cirurgias
Diversas cirurgias podem afetar a função sexual, quer por lesão direta dos mecanismos envolvidos, que pelos transtornos emocionais que acarretam.
Operações realizadas na pelve:podem levar ao comprometimento dos nervos que conduzem os estímulos sexuais. Como exemplo encontramos: cirurgias em que são retiradas a bexiga e a próstata em caso de tumores; cirurgias que exigem a retirada do intestino reto e anus, também em caso de tumores; cirurgias de aneurismas e enxertos na artéria aorta; entre outras.
A castração (retirada dos testículos) necessária como tratamento complementar em alguns casos de câncer de próstata, pode provocar diminuição da libido (desejo sexual), mas não, necessariamente, a disfunção erétil.
A vasectomia (método de esterilização, onde é ligado o canal deferente), pode causar disfunção de origem erétil psicogênica, em razão da associação errada entre fertilidade e potência, feita pela população leiga. O paciente deve estar consciente de que não existe nenhuma relação entre os mecanismos que promovem a ereção e a ejaculação.
A Colostomia (cirurgia onde o intestino é aberto na pele) pode causar disfunção erétil de origem psicogênica devido à vergonha que o paciente tem de sua condição, baixa da auto-estima, etc.
A Cirurgia Cardíaca é um antecedente freqüente em pacientes com DE de origem psicogênica. Assim como descrito em casos de infarto do miocárdio, além do receio da atividade física, toda cirurgia no coração leva o paciente a um estado de fragilidade emocional que exige um acompanhamento adequado.
Traumas
Acidentes graves, com fratura da coluna vertebral, que afetem a medula espinhal, podem impedir a transmissão dos impulsos nervosos. No homem, o local da fratura assume fundamental importância. O centro nervoso responsável pela resposta aos estímulos táteis da ereção está localizado na região do sacro (porção final da coluna vertebral). O centro nervoso responsável pela resposta aos estímulos psicológicos está localizado na altura do tórax. Como vimos, a lesão nos diferentes níveis da medula pode provocar a falta de ereção decorrente de determinados estímulos e não afetar a ereção provocada por outros.
Fraturas dos Ossos da Pelve, podem causar lesões no aparelho urinário e órgãos genitais.
Irradiação
A utilização de radiação ionizante, na região da pelve, como tratamento de tumores malignos também provoca o comprometimento dos nervos envolvidos no processo de ereção.
Medicamentos
Determinados medicamentos têm como efeito colateral a interferência no processo de ereção, através de mecanismos diversos. Atualmente acredita-se que 25 % dos casos de disfunção erétil são devidos ao uso de medicação.
Dentre os medicamentos que interferem na função sexual destacam-se alguns dos utilizados para tratamento de câncer de próstata, hipertrofia benigna da próstata, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, ulcera péptica, entre outros. Os antidepressivos e os tranqüilizantes também podem causar disfunções sexuais. Neste ultimo caso, como os pacientes que os utilizam apresentam um certo comprometimento emocional, o diagnóstico entre disfunção orgânica e psicogênica pode ser um pouco mais difícil. Os anoréxicos (medicação para reduzir o apetite) possuem ação sobre o sistema nervoso central e afetam o equilíbrio emocional do paciente o que pode interferir com sua resposta aos estímulos sexuais.
É importante lembrar que, em nenhuma hipótese, o paciente deve interromper, por conta própria, o uso de sua medicação. Tal procedimento pode trazer conseqüências graves.
Agentes Tóxicos
O fumo, o abuso do álcool e o uso de drogas comprometem a ereção em razão dos damos causados ao aparelho circulatório e ao sistema nervoso em geral.
O álcool tem ação direta sobre o sistema nervoso central, entorpecendo-o e diminuindo os reflexos. Na fase inicial de seus efeitos causa um certo relaxamento, e desinibição no usuário, podendo ser, erroneamente, considerado como útil à prática sexual. Todavia, com o aumento de sua concentração no sangue, seus efeitos adversos irão diminuir a consciência e sensibilidade prejudicando a percepção do indivíduo. Causa diminuição da libido (desejo), altera a ejaculação, retarda o orgasmo e diminui a capacidade eretiva Desnecessário dizer que alcoolismo crônico, pelas inúmeras repercussões nocivas que provoca no organismo é altamente prejudicial.
A maconha pode afetar a libido (desejo) em decorrência da diminuição dos níveis de testosterona. Alem disso distorce o sentido de tempo e a percepção dos sentidos.
A cocaína estimula o sistema nervoso central e pode causar certa desinibição inicial seguida, porém, de um quadro de depressão. Também altera a percepção dos sentidos. Além disso, a cocaína produz danos diretos à musculatura dos corpos cavernosos. O uso crônico leva a severos danos ao organismo além da disfunção erétil e distúrbios da ejaculação.
O Processo Natural do Envelhecimento
O envelhecimento levará naturalmente a algumas alterações na resposta aos estímulos sexuais.O fato pode ser bem compreendido quando se entendemos que as várias doenças que favorecem ao aparecimento das disfunções sexuais ocorrem com maior incidência em pessoas com idade mais avançada. Porém, estando preservadas as condições gerais de saúde não existem outras razões que ameacem a sexualidade do idoso. As alterações devidas ao envelhecimento são abordadas em um link à parte.
Fonte:http://www.saudesexual.med.br/causas_disf_masc.htm
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