Ser pai é ser companheiro de uma vida inteira
Ser pai exige atenção, doação, entrega para a construção contínua dos
vínculos de amor, de confiança. Enquanto a infância e a adolescência
mostram desafios constantes de adaptação, os filhos na vida adulta
ganham independência, mas a figura do pai pode continuar forte no
cotidiano. O pai que dá conselhos, que pratica esportes junto, que
viaja, que compartilha as experiências e é ouvinte atento é cada vez
mais comum.
Para Álvaro Rebouças, psicólogo e
professor da Unifor, a figura do companheiro se forma depois da figura
paterna. “É certo que essa relação vai mudar. Quando o filho chega à
idade adulta, a relação pode ser mais simétrica, de amigos. É um papel
construído depois do papel de pai e filho”. Ele lembra que na infância
existe a questão da autoridade requerida e na adolescência, o controle
flexível, os questionamentos.
Outro ponto que costuma ter
relatos constantes é a ligação mais forte dos meninos com as mães e das
meninas com os pais. O coordenador de tecnologia Sérgio Júnior, que
espera Anna Beatriz para breve, relata que na família dele acontece
isso: ele mais parecido com a mãe e a irmã mais parecida com o pai.
Segundo Álvaro Rebouças, as relações de pais e filhos como adultos
têm tudo para ser igualitárias, de cuidado mútuos. E, nesses casos, a
relação dos pais com as filhas costumam ter vinculação mais intensa,
mesmo que exista a camaradagem. “Ainda existe muito a questão do cuidado
com a mulher, da ideia patriarcal de cuidado”. Ele ressalta, no
entanto, que nos novos modelos de paternidade e relação entre filhos, há
uma busca por situações mais igualitárias.
Fonte: (Samaisa dos Anjos)
Nenhum comentário:
Postar um comentário