quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Qualidade de vida sexual é importante para os Brasileiros na vida adulta


Pesquisa mostra que mulheres e homens com mais de 40 anos acreditam que o sexo é importante para a harmonia do relacionamento. Mas, a falta de desejo é uma das principais queixas entre os casais


Pesquisa mostra que mulheres e homens com mais de 40 anos acreditam que o sexo é importante para a harmonia do relacionamento. Mas, a falta de desejo é uma das principais queixas entre os casais


Por Michelle Vargas

Para mais de 90% dos entrevistados do Estudo Populacional do Envelhecimento (EPE), conduzido pela ProSex (Projeto Sexualidade da USP), e com apoio da Bayer Schering Pharma, com mais de 10 mil homens e mulheres, o sexo é importante para a harmonia do casal.

Mas a maturidade traz mudanças físicas e psicológicas que podem comprometer a qualidade da vida sexual. O EPE também mostrou que, entre os homens, o medo de perder o desejo sexual é tão grande quanto o medo de não ter renda (30,8% versus 30,6%).

Outra pesquisa realizada com as pacientes do Projeto Afrodite, do Setor de Sexualidade Feminina da UNIFESP, apontou que as principais queixas das mulheres na maturidade são diminuição do desejo sexual (47%) e diminuição do desejo associada à dificuldade de atingir o orgasmo (18%), entre outras.

Para a endocrinologista Ruth Clapauch, diretora de cursos do Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), os problemas relativos à vida sexual na maturidade estão geralmente ligados às alterações hormonais que ocorrem na menopausa e na andropausa (uma espécie de menopausa masculina).

Na menopausa, além da queda na libido, entre seus principais sintomas estão depressão, irritabilidade, alterações do sono (devido as ondas de calor) e outros fatores que podem prejudicar a vida afetiva e sexual.

“A secura vaginal também é outro fator que afeta mais que o lado sexual. Muitas mulheres apresentam infecções urinárias, corrimento e ardor ao urinar”, explica a endocrinologista.

Nos homens, a queda da potência sexual que ocorre na maturidade tem grande impacto no homem. A percepção da masculinidade pode ficar prejudicada e trazer reflexos importantes no âmbito do relacionamento.

Segundo Ruth, a partir dos 60 anos, 20% dos homens já apresentam andropausa. “ Existe a diminuição da libido, da potência sexual e o número de ereções espontâneas. Com isso, eles se sentem mais cansados, mais deprimidos e têm a auto-estima abalada”, declara.

Somando-se esse fatores o equilíbrio emocional dos casais pode ficar comprometido.

Mara Pusch, psicóloga do Projeto Afrodite, esclarece que a idéia das pessoas mais velhas perderem a habilidade sexual, é apenas mito. O que ocorre são transformações fisiológicas ao longo do envelhecimento.
Assim acontece com o corpo todo e não teria como ser diferente com a parte sexual. É quase utópico acreditar que somente o lado sexual permaneceria jovem diante do acumulo de aniversários.

Segundo a psicóloga, nada impede que a sexualidade continue sendo exercida. “O casal deve se adaptar ao novo momento, usando a criatividade sexual, buscando o bem-estar mútuo e ajuda médica quando os sintomas do envelhecimento interferirem na harmonia entre os dois”, completa a psicóloga.


Para mais de 90% dos entrevistados do Estudo Populacional do Envelhecimento (EPE), conduzido pela ProSex (Projeto Sexualidade da USP), e com apoio da Bayer Schering Pharma, com mais de 10 mil homens e mulheres, o sexo é importante para a harmonia do casal.

Mas a maturidade traz mudanças físicas e psicológicas que podem comprometer a qualidade da vida sexual. O EPE também mostrou que, entre os homens, o medo de perder o desejo sexual é tão grande quanto o medo de não ter renda (30,8% versus 30,6%).

Outra pesquisa realizada com as pacientes do Projeto Afrodite, do Setor de Sexualidade Feminina da UNIFESP, apontou que as principais queixas das mulheres na maturidade são diminuição do desejo sexual (47%) e diminuição do desejo associada à dificuldade de atingir o orgasmo (18%), entre outras.

Para a endocrinologista Ruth Clapauch, diretora de cursos do Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), os problemas relativos à vida sexual na maturidade estão geralmente ligados às alterações hormonais que ocorrem na menopausa e na andropausa (uma espécie de menopausa masculina).

Na menopausa, além da queda na libido, entre seus principais sintomas estão depressão, irritabilidade, alterações do sono (devido as ondas de calor) e outros fatores que podem prejudicar a vida afetiva e sexual.

“A secura vaginal também é outro fator que afeta mais que o lado sexual. Muitas mulheres apresentam infecções urinárias, corrimento e ardor ao urinar”, explica a endocrinologista.

Nos homens, a queda da potência sexual que ocorre na maturidade tem grande impacto no homem. A percepção da masculinidade pode ficar prejudicada e trazer reflexos importantes no âmbito do relacionamento.

Segundo Ruth, a partir dos 60 anos, 20% dos homens já apresentam andropausa. “ Existe a diminuição da libido, da potência sexual e o número de ereções espontâneas. Com isso, eles se sentem mais cansados, mais deprimidos e têm a auto-estima abalada”, declara.

Somando-se esse fatores o equilíbrio emocional dos casais pode ficar comprometido.

Mara Pusch, psicóloga do Projeto Afrodite, esclarece que a idéia das pessoas mais velhas perderem a habilidade sexual, é apenas mito. O que ocorre são transformações fisiológicas ao longo do envelhecimento.
Assim acontece com o corpo todo e não teria como ser diferente com a parte sexual. É quase utópico acreditar que somente o lado sexual permaneceria jovem diante do acumulo de aniversários.

Segundo a psicóloga, nada impede que a sexualidade continue sendo exercida. “O casal deve se adaptar ao novo momento, usando a criatividade sexual, buscando o bem-estar mútuo e ajuda médica quando os sintomas do envelhecimento interferirem na harmonia entre os dois”, completa a psicóloga.

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