domingo, 26 de fevereiro de 2012
Desapegar-se...É um ato de amor por si mesmo- Parte II
DESAPEGAR-SE... É UM ATO DE AMOR POR SI – Parte II
por ROBERTO LUZ -
É importante compreender que na trilha do desapego alguns ciclos são menores ou maiores que outros. E nem sempre é possível prolongar ou encurtar o tempo para se viver uma situação, ou para permanecer com determinado objeto, ou estabilizar-se num certo local, ou mesmo, conservar-se ao lado de uma pessoa eternidade afora, salvo, se o Destino propuser assim. Fora isso é, por força do Livre-Arbítrio, gerar contra si mesmo o sofrer e a dor não natural, desnecessariamente.
Existem muitas coisas que se desconhece a respeito da própria existência. Por outro lado, existe uma infinidade de coisas que conhecemos, sabemos e que necessitamos colocar em prática para entender o Sentido Maior da Vida, mas sofrer por não querer soltar e desprender-se, não é uma delas.
É como um espinho que penetra a sua mão e você não quer tirá-lo por medo de doer. E depois de um tempo já acostumado à dor, acomoda-se e conforma-se com ele em seu corpo pela paúra do desgosto que pode sentir ao eliminá-lo. Não valorizando, que mesmo que já tenha assimilado a dor, o espinho está agindo, infeccionando e contaminando o local. Contudo, quando esse mal já viciado pela dor se expandir, terá que retirá-lo de uma forma ou de outra, provavelmente sentindo algo muito mais desagradável, se não pretender que algo bem mais prejudicial aconteça. Todavia, a retirada do espinho é um doer que logo passa.
Quantas disputas insensatas, quanta dor, quanto ciúme, quanta briga deixaria de existir se a prática do desapego fosse uma constante para todos. Nestes momentos é preciso buscar harmonia interior, para com sabedoria analisar os fatos e decidir a melhor forma de se acertar o movimento do andar e continuar a jornada, permitindo que se vá o que tem que ir e que venha o que tiver que vir.
E para que isso ocorra é preciso o olhar para frente e seguir adiante passo a passo, e, na primeira oportunidade, desafiar-se a praticar o desprendimento. Desde as pequenas coisas e mais simplórias até as maiores e de maior complexidade.
Num dado instante, desapegue-se de todos os sentimentos negativos e nocivos. Ao invés de irritar-se, aborrecer-se, sentir-se traído, diminuído ou obrigado a fazer o que não quer, opte por manter-se em paz consigo mesmo, buscar a melhor forma de resolver certa questão, decidir pelo melhor caminho e ter uma Ação Divinamente Correta. Em seguida, substitua as imagens perturbadoras por imagens coloridas e iluminadas. Depois, evite uma comunicação que gere uma freqüência energética perniciosa, como o xingo e o grito, a lamentação e a reclamação, porém, cante, mantre, ore e pronuncie apenas coisas boas. Por fim, relaxe o corpo tenso e rijo dançando ou caminhando brandamente e respirando suave e profundamente. E solte. Deixe ir o que tem que ir e escolha receber somente o melhor para si.
Isso parece simples, e com certeza o é. E você pode torná-lo cada vez mais simples, perseverando na prática, sempre que sentir-se amarrado a algo que precisa liberar ou querer controlar o caminho daquilo que não te pertence mais ou escravizar aquele que merece viver livre do jeito que bem desejar. Ou seja, depende de um exercício contínuo, de um ato de nobre humildade, de uma prática amorosa constante para consigo mesmo, para com o outro e para com a existência, viver e deixar viver desapegadamente.
É importante compreender que tudo o que é Construtivo tem um Sentido diante do Olhar de Deus, ainda que muitas coisas não se apresentem com clareza diante dos olhos humanos. Por isso mesmo é que a dor momentânea do exercício e do ato do desapego, decerto nos levará depois de um tempo a um Prazer colossal e muito maior que se imaginava.
Desapegar-se é um ato de Amor por si mesmo, que conduz a um estado de paz interior, que por sua vez, leva ao fortalecimento para se alcançar uma estrutura interior inabalável. A partir daí, é possível, ao praticar o desapego, expandir este ato amoroso às outras pessoas e ao mundo.
Viver cada instante gostosa e intensamente é fundamental para a vida, e ainda, que sejam maravilhosas essas experiências, soltá-las, é ter a chance de nalgum outro momento vivê-lo novamente, ou no mínimo, é a garantia de abrir portas para que o novo que chegar, seja ainda melhor, e possa-se, desse modo, deliciá-lo, também, em seu melhor...
"Desapegar-se... É Amar a Si Mesmo!!!"
ATÉ SEMPRE...
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