sábado, 30 de julho de 2011

POR QUE A ABSTINÊNCIA SEXUAL NÃO FAZ BEM?



Nota: Consideramos abstinência sexual o ato voluntário ou involuntário de abster-se parcialmente ou completamente de relações sexuais vaginal, oral, anal ou na forma de masturbação envolvendo dois ou mais indivíduos. Consideramos abstinência sexual involuntária a privação obrigatória por motivos religiosos, filosóficos, físicos, psicológicos ou morais.

Não só a abstinência sexual como a falta de um(a) parceiro(a) para fazer sexo durante um grande período de tempo podem trazer danos às nossas vidas. Abster-se do sexo seja por motivos religiosos, filosóficos, emocionais voluntariamente ou obrigatoriamente não é recomendável para nenhuma pessoa que queira ter energia para continuar o dia-a-dia e ser mais feliz. Mais do que complicações psicológicas, a abstinência provoca reações físicas diversas. Nas mulheres, após 10 dias sem sexo, as paredes vaginais começam a perder sua elasticidade e ressecamento. Se o falta de sexo durar vários anos, pode se tornar muito difícil e doloroso praticá-lo novamente. Nos homens, após 3 dias a potência e volume de sêmen dobram, mas se passar de 10 dias esse quadro pode se reverter.

O maior problema da abstinência não é fisiológico. A falta de uma companhia com relações íntimas, além de ser contra a natureza humana, provoca baixo-estima, diminui o humor e pode aumentar o risco de doenças. Quando não fazer sexo é uma imposição filosófica ou religiosa, a situação se torna um tormento na vida da pessoa e a ansiedade toma conta da sua vida. O sexo não é uma função vital de nossas vidas, muitos conseguem viver normalmente praticando a masturbação ou até mesmo na abstinência total. O problema se encontra quando uma pessoa não consegue (ou é obrigada a não) se relacionar com outro alguém a ponto de praticar sexo. Relações sociais e íntimas bem sucedidas estão diretamente relacionadas à felicidade e a saúde geral. Uma pessoa que não consegue se relacionar intimamente seja por vergonha, problemas de caráter ou qualquer outro motivo pode sofrer grandes distúrbios psicofísicos e, por isso, há grandes chances de chegar a uma depressão. Prova disto está numa pesquisa realizada para The Journal of Sexual Research, em 2002, auxiliado pela professora de sociologia Elizabeth Burgess da University Research of Georgia, que envolveu 82 homens e mulheres virgens ou que não praticavam há um ano ou mais. O resultado foi como o esperado: 100% das pessoas sofriam de depressão ou extrema baixo-estima e se diziam infelizes.

Cortar o sexo de nossas vidas é como se tirar um dos pilares que nos sustentam neste mundo. Com a estrutura normal modificada, o ser humano não consegue equilibrar outras essencialidades como trabalho, relação social e auto-satisfação. Um exemplo da insatisfação pessoal aconteceu no reality-show A Fazenda com a atriz Cacau Melo que reclamou da falta de sexo depois de dois meses de confinamento. Segundo a sexóloga Walkiria Fernandes a energia sexual – libido – vai sendo estocada no corpo e tem que ser liberada. “Se não for pelo caminho do sexo, geralmente ela sai em forma de nervosismo, mau humor, impaciência”.

“Considere o seguinte: seu corpo é constituído por 5 sistemas – cardiovascular, respiratório, digestivo, urinário e genital. Se, até a hora de morrer, você continuará a ter batimentos cardíacos e movimentos respiratórios, digerindo sua comida e produzindo excretas, porque então deveria abrir mão da função do aparelho genital?”

Alessandro Loiola – Abstinência Sexual – 20/01/2008

Um comentário:

  1. Estou pesquisando e preocupado em saber se, num quadro de HBP com um grande aumento de volume da próstata, e tomando FInasterida, que diminue bastante a libido, a abstinência sexual como é vista em relação á esse quadro de HBP aos 70 anos.

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