quinta-feira, 7 de julho de 2011

Inveja pode prejudicar tanto a vida de quem a sente quanto de suas vítimas



O sentimento é bem pequeno, mas tem o grande poder de azucrinar a vida de quem sofre dele; confira como não ser alvo de invejosos e, principalmente, como não se tornar um deles
Segundo Carmem Seib, autora do livro de bolso Como Lidar com a Inveja (Paulinas), o invejoso não precisa necessariamente querer o bem para ele, mas também não gosta que o outro o tenha. “Mais do que cobiçar, ele não aceita a superioridade alheia naquele aspecto”, afirma. Os famosos seca-pimenteiras estão em toda parte. “A inveja é universal, é um sentimento básico. Só que uns sentem mais, outros menos”, define o psiquiatra José Ângelo Gaiarsa, autor de dezenas de livros, entre eles Tratado Geral sobre a Fofoca (Summus).

Olho gordo existe?
Para a psicoterapeuta Paula Tonini, de São Paulo, o olho gordo é uma força energética que vem de outra pessoa — nem sempre intencionalmente — e interfere em seu bem-estar e equilíbrio. Quer dizer que ser invejada é sentença para que sua vida fuja do controle? Paula acredita que não. “Se a sua determinação for forte o suficiente para atingir o seu objetivo, nenhuma interferência ganhará dela”, afirma. “O problema é quando você fica insegura e questiona o próprio potencial de conquista.”

A terapeuta holística Vera Caballero faz coro: “O mal do outro só entra pela abertura que damos. Portanto, a responsabilidade é sempre nossa”. Resumindo, se ficar acuada, achando que o pensamento negativo de alguém exerce poder sobre você, estará vulnerável. “Sua fraqueza é que determina quanto a inveja do outro vai atingir você”, alerta Vera.

Colocando lenha na inveja alheia
Não há nada de mais em querer dividir suas vitórias. O problema surge quando, em vez de compartilhar, seu objetivo é se exibir. “Muitas vezes, você desperta o despeito das outras pessoas por se sentir inferior”, avisa a psicóloga Luciana Dias, de São Paulo.

“Tem a necessidade de mostrar que é melhor que os demais.” Às vezes, age assim sem perceber. Convenhamos, será mesmo preciso espalhar aos quatro ventos que recebeu um aumento, por mais merecido que seja? “Desafiamos a inveja com a nossa ostentação e depois reclamamos que fomos vítimas”, afirma Zuenir Ventura, autor de Mal Secreto: Inveja (Objetiva).

Álibi para os seus fracassos
Quem não tem dificuldade em assumir o erro quando pisa na bola? Para a psicóloga Valéria Meirelles, de São Paulo, colocar-se na posição de vítima é uma fuga. “Se a inveja tem tanto poder, então tudo o que vem de bom também foi graças às intenções dos outros?

E a sua parcela de responsabilidade?”, indaga. Precisamos aprender a descobrir o que saiu errado. “O que significa avaliar nossas ações, objetivos e os trilhos tortos pelos quais todos nos embrenhamos”, afirma a psicóloga Clarissa de Franco, de São Paulo.

*Com informações da NOVA

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