segunda-feira, 7 de março de 2011
Pessoas Possessivas Podem Ficar Agrassivas Quando a Relação Acaba
Crianças vítimas de triângulos amorosos que terminam em crimes. Na década de 1960, o rosto de Neyde Maria Lopes ganhou as capas de revistas e jornais do Brasil. Neyde, que na época tinha 22 anos, ficou conhecida como a Fera da Penha por ter matado a filha do amante.
Segundo especialistas, pessoas que sofrem da chamada Personalidade Dependente podem ficar violentas em rompimentos amorosos.
Ao descobrir que Antonio Araújo, com quem tinha um romance, era pai de duas filhas e não pretendia se separar da mulher, Neyde decidiu se vingar. A vítima escolhida foi Tânia Mara, filha mais velha de Antônio, que tinha quatro anos. Depois de pegar a menina na escola, a amante ficou andando com ela sem rumo pelas ruas da cidade.
Quando anoiteceu, ela passou numa farmácia e comprou um litro de álcool. Depois, foi com ela para um lugar onde, na época funcionava um matadouro. Lá, ela executou a menina com um tiro na cabeça, colocou fogo no corpo da criança e saiu caminhando tranquilamente, como se nada tivesse acontecido.
O jornalista Saulo Gomes participou da investigação na época do crime. Saulo conta que a assassina planejou friamente os detalhes para a morte da menina durante meses. A Fera da Penha foi condenada a 33 anos de prisão, mas teve a pena reduzida para 17 anos, por bom comportamento. Ela está viva e mora no Rio de Janeiro, mas não aceita dar entrevistas.
Menino espetado por agulhas foi mais uma vítima
Há pouco mais de um ano, em Ibotirama na Bahia, outra criança foi vítima de um triângulo amoroso. Um menino de dois anos teve mais de 30 agulhas inseridas em várias partes do corpo. Os responsáveis foram o padrasto e a amante dele. Os dois teriam participado de rituais de magia negra, em que a criança era torturada.
Um vídeo foi gravado pouco depois que o padrasto, Roberto Carlos Magalhães Lopes, foi preso. Ele diz que a intenção dele e da amante era matar o menino. Segundo ele, a amante queria exclusividade no relacionamento. E a introdução das agulhas no corpo da criança, era parte de um ritual feito sob orientação de uma mãe de santo.
A mãe do menino procurou o hospital quando o filho começou a reclamar de dores no peito e falta de ar. Não havia marcas no corpo. Ao fazer as radiografias, os médicos levaram um susto. Trinta e uma agulhas de costura estavam espalhadas pelo corpo da criança. Vários órgãos vitais haviam sido atingidos, como fígado, pulmão e coração. O garoto ficou 36 dias no hospital, passou por três cirurgias, conseguiu se recuperar e está bem de saúde. Das 31 agulhas que tinha no corpo, os médicos retiraram 22. O padrasto está preso e a amante responde ao processo em liberdade.
Pessoa cria fixação pelo outro
Romances casuais que se transformam em tragédias também já foram explorados pelo cinema. O filme mais famoso é Atração Fatal, um sucesso de bilheteria da década de 80. Na vida real, um caso parecido aconteceu na cidade de Torres, no Rio Grande do Sul. Glauciane tinha 40 anos. Era uma médica bem-sucedida em São Paulo. Separada, tinha dois filhos. A solidão levou Glauciane a procurar um amor na internet. Em 2007, ela encontrou Rodrigo, um marceneiro casado, sete anos mais jovem do que ela.
Segundo o psiquiatra Serafim, a pessoa cria uma fixação, uma obsessão pelo outro. E começa a agir de forma cada vez mais invasiva como o amante, fazendo com que a pessoa acabe agindo com agressividade, gerando uma insatisfação nele, que provoca também nele a necessidade de sair daquela situação. Já o psicólogo Alexandre Rivero explica que, em muitos casos, a violência é motivada pela vontade de ter aquilo que o outro tem. Não necessariamente por amor.
Fonte Portal R7
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