Fonte: Juliana Conte
No
Brasil, uma mulher é espancada a cada 15 segundos, segundo informações
da Secretaria de Política para Mulheres. Na maioria dos casos em que foi
relatada a violência contra a mulher, o agressor era companheiro ou
cônjuge da vítima. Além das cicatrizes emocionais, o corpo da mulher
também expõe as diversas marcas das agressões. E foi pensando nessa
parcela da população que a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, em
parceria com a organização não governamental The Bridge Global, criou
um serviço de atendimento e encaminhamento de mulheres com cicatrizes
decorrentes da violência doméstica para cirurgias plásticas reparadoras.
De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia
Plástica, o médico José Horácio Aboudib, o serviço já está disponível, e
as mulheres poderão solicitar atendimento através do telefone
0800-7714040. A partir do primeiro contato, comprovando a veracidade do
caso, elas serão selecionadas para atendimento médico em algum hospital
de referência em São Paulo.
“Já estamos distribuindo panfletos explicativos nas estações de
metrô, hospitais e delegacias para que as pessoas conheçam o projeto.
Profissionais da área de psicologia serão os responsáveis pelo contato
telefônico e farão uma triagem, para verificar se não é trote e quais
casos devem ser indicados para cirurgia plástica. Se a queixa proceder, a
mulher será encaminhada a um dos 11 hospitais de referência que farão
os atendimentos”, esclarece.
A meta é atender anualmente cerca de 600 mulheres, que deverão ser
operadas por um dos especialistas voluntários da entidade. “Nós temos
1,8 mil médicos credenciados. E a grande maioria já concordou em
participar da iniciativa”, diz.
As cirurgias serão realizadas em hospitais públicos e custeadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a Sociedade, os ferimentos mais comuns entre as vítimas de violência doméstica são queimaduras, lesões por armas brancas, como facas, e fraturas provocadas por pancadas e socos.
As cirurgias serão realizadas em hospitais públicos e custeadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a Sociedade, os ferimentos mais comuns entre as vítimas de violência doméstica são queimaduras, lesões por armas brancas, como facas, e fraturas provocadas por pancadas e socos.
“Para se ter uma ideia da gravidade da violência doméstica, 50% das
mulheres vítimas de morte violenta no Brasil morrem dentro de casa.
Muitas delas, eu diria a grande maioria, não têm coragem de buscar ajuda
ou não conseguem atendimento adequado. Então, a ideia é não só oferecer
a essas pacientes tratamento cirúrgico, mas um tratamento humanizado”,
completa Aboudib.
Serviço
Se você sofreu violência doméstica e precisa de cirurgia plástica reparadora ligue:
o800 – 771 – 4040
Horário: segunda a sexta-feira, das 8 às 20 horas.
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