domingo, 2 de dezembro de 2012

Saiba como é feito o teste de DNA para tirar dúvidas sobre paternidade

Técnicos analisam trechos do código genético do filho e comparam com os do suposto
Fonte R7
Além de ser responsável por definir nossas características físicas, o DNA também serve como uma "impressão digital" – com ele, é possível dizer quem somos, no caso de necessidade de identificação, e de onde viemos, para tirar dúvidas sobre paternidade, por exemplo.


Na realidade, os cientistas ainda não terminaram o mapeamento completo do DNA humano, definindo que parte codifica cada característica. Mas já é possível determinar semelhanças e diferenças apresentadas no código genético de cada pessoa – apenas 1% do DNA varia de um indivíduo para o outro.

Para os testes de paternidade, o DNA, que fica dentro do núcleo de todas as células do corpo humano, é geralmente obtido por meio de amostras de sangue do filho, da mãe e do possível pai – o exame também serve para identificar uma dúvida sobre "maternidade". Cintia Fridman, professora do departamento de medicina legal da Faculdade de Medicina da USP, diz que qualquer material biológico poderia ser usado, mas o sangue é o mais comum.

– Com ele você consegue uma quantidade maior de DNA. Às vezes, você nem precisa tirar da veia: o sangue pode ser retirado da ponta do dedo, com aquela "canetinha" usada para exames de diabetes. Uma boa alternativa é a saliva.

Os trechos usados nesses exames não são genes, ou seja, não trazem a "receita" para a produção de qualquer proteína ou característica física do corpo – esses pedaços podem servir apenas para questões estruturais da própria molécula de DNA, por exemplo. Cintia diz que isso acontece, entre outras razões, por questões éticas.

– Quando alguém vem fazer o teste, ele quer responder a uma pergunta: confirmar se aquela pessoa é, ou não, o pai. Ele não veio fazer prognóstico de doença. Se o exame der uma resposta para alguma doença, gera uma dúvida sobre se é ético ou não transmitir essa informação.

Procedimento

Os técnicos, então, usam substâncias capazes de romper as membranas das células, para coletar o material genético presente nelas. Depois, o DNA passa por um processo de "amplificação", para aumentar a quantidade presente nas amostras. Para fazer o teste, são analisados entre 13 e 19 trechos do DNA que variam bastante de pessoa para pessoa.

As longas cadeias de DNA são formadas por pequenos "tijolinhos", chamados nucleotídeos, que são formados por fosfato, açúcar e bases nitrogenadas de quatro tipos: A (adenina), T (timina), G (guanina) e C (citosina). A ordem em que essas bases aparecem é que determina que tipo de informação está contida no código genético. Uma mesma sequência pode se repetir várias vezes em um trecho do DNA – é nessas repetições que os responsáveis pelo exame ficam de olho.

Eles procuram quantas vezes uma certa sequência se repete em cada trecho. É feita, então, uma comparação entre a quantidade de repetições que aparecem em cada pedaço do DNA do filho e do suposto pai.

É levado em conta também o número de vezes que essa "coincidência genética" acontece, em média, no restante da população. Isso tudo vai gerar um cálculo estatístico sobre a probabilidade de o indivíduo ser, ou não, "pai da criança".

Quase 100%

Como a conta envolve probabilidades, o exame nunca dá 100% de certeza sobre a paternidade, mas chega perto, com índices como 99,999% de a paternidade ser confirmada. No caso negativo, em que não há ligação genética entre duas pessoas, é possível dizer que não há qualquer possibilidade de os indivíduos serem pai e filho.

O mesmo sistema é usado para identificar vítimas de acidentes em que os corpos ficam irreconhecíveis. Nesses casos, as famílias são convidadas para coleta de material genético para a análise.


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Rô Carvalho


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