segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Os 12 Passos Detalhados.


OS DOZE PASSOS DE MADA

Os Doze Passos foram originalmente formulados por Bill W., um co-fundador de Alcoólicos Anônimos, em 1938. Emanaram dos princípios então adotados pelos grupos Oxford (uma Irmandade religiosa que apadrinhou o A.A. inicial em Akron, Ohio), temperados pelas experiências práticas que eram de um denominador comum da recuperação do alcoolismo entre os membros de A.A. naquela época. Esses passos foram publicados primeiramente em Alcoólicos Anônimos (1939) e receberam tratamento mais detalhado em Os Doze Passos e as Doze Tradições (1953), ambos escritos por Bill W..

Ao apresentar a versão do MADA para os Doze Passos, desejamos fazer o que A.A. tinha em mente ao apresentá-los inicialmente no livro Alcoólicos Anônimos. Um número suficiente entre nós têm trabalhado esses Doze Passos, fazendo surgir uma experiência comum de recuperação da Dependência. A Irmandade ainda é pequena, entretanto, parece haver um grande número de mulheres desesperadamente necessitadas da esperança que esse Programa oferece. Esperamos seriamente que as mulheres e as outras pessoas que sofrem com a destruição emocional causada por uma dependência dessa qualidade consigam reestabelecer vínculos afetivos construtivos, encontrando o caminho, através do Programa, que a liberte da autodestruição dessa doença e assente as bases da sua recuperação espiritual e emocional



Grupo MADA

Mulheres Que Amam Demais Anônimas

Primeiro Passo:

"Admitimos que éramos impotentes perante os relacionamentos e que tínhamos perdido o controle de nossas vidas"

Dar o Primeiro Passo é o início fundamental na recuperação da dependência de relacionamentos. É neste passo que admitimos que nos rendemos diante de nossos relacionamentos destrutivos.

Admitir ser impotente pode ter um significado diferente para cada uma de nós, mas o que é importante para que possamos praticar o Primeiro Passo, é encarar a realidade destrutiva na qual nossas vidas se encontravam antes de conhecermos o MADA, e que hoje temos o desejo profundo de mudar a nós mesmas, um dia de cada vez.

Muitas de nós, quando se encontravam no processo de negação, negavam a dificuldade em se relacionar, culpando e acusando os parceiros. Dessa forma, não percebíamos que a opção de estarmos naquele relacionamento era somente nossa e, que na verdade, nossa doença nos impelia à busca de um relacionamento inadequado e autodestrutivo. Portanto, dar o primeiro passo significa aceitar que atingimos um ponto em que não tínhamos mais condições de controlar nossas vidas e, que sozinhas, não tínhamos forças para modificar nosso desejo doentio de controlar nossos parceiros e outras pessoas.

A dependência de relacionamentos é algo que age sobre nós de forma muito sutil. Um comportamento inadequado, adotado em relação ao nosso parceiro, e que de início fazemos parecer ser uma opção nossa, torna-se rapidamente uma obsessão, especialmente quando nosso parceiro não corresponde às nossas necessidades. E assim, ao invés de abandonarmos o relacionamento por ele não corresponder às nossas expectativas, iniciamos uma luta conosco e com nosso parceiro, na tentativa de fazer com que ele se modifique. Isso faz parte do comportamento obsessivo-compulsivo em que nos encontramos nas diversas "lutas" para modificá-lo.

Através de jogos, tentávamos controlar a situação. Temporariamente nos afastávamos de nossos parceiros, mudando a tática de jogo na relação; ora nos fazendo de vítima; ora sendo perseguidora para tentar reconquistá-lo. Tudo isso porque tínhamos a necessidade de fazer com que ele se importasse conosco. Aos poucos, fomos nos afastando de nossa própria vida, de nós mesmas.

Na realidade, nossas escolhas não eram feitas conscientemente, pois não sabíamos realmente o que queríamos de um relacionamento, nem tampouco quais eram os nossos verdadeiros valores. Muitas de nós viviam "como um camaleão", adotando os valores de outras pessoas como sendo os valores mais importantes, numa tentativa de agradá-las e assim sermos aceitas.

Agora, precisamos aprender a modificar nós mesmas, ao invés de tentar modificar os outros para que possamos, assim, aprender a aceitar a companhia de pessoas que possibilitem uma intimidade verdadeira.

O que viemos buscar no MADA é a força e a esperança de que possamos nos livrar de todos esses medos, de que possamos aprender a gostar de nós mesmas, e assim ser possível desfrutar da companhia de pessoas saudáveis.

No MADA, não existe um grau de sofrimento necessário para que você venha a se render e iniciar o processo de recuperação. Cada uma de nós pode investigar a sua própria vida, avaliar o sofrimento e a dor sentidas no passado. Hoje, o importante é ter o desejo sincero de romper com esses padrões doentios de se relacionar e iniciar o aprendizado de um novo processo de vida, onde possamos possa viver bem com nós mesmas e com os outros.

Somente após admitir que nossos relacionamentos falharam e que fracassamos nessa etapa de nossas vidas é que estaremos realmente prontas para iniciar a recuperação.

O MADA oferece esse caminho de recuperação através dos doze passos.

Perguntas do Primeiro Passo:

Quando você reconheceu pela primeira vez que sua forma de se relacionar era autodestrutiva?

De que forma, atualmente, sua dependência de relacionamentos causa descontrole em sua vida?

Quais são os instrumentos que hoje você pode utilizar para praticar a recuperação?



Segundo Passo

"Passamos a acreditar que um Poder Maior, superior à nós mesmas, pode nos devolver a sanidade."

Tomamos conhecimento no Primeiro Passo do MADA, da nossa impotência em controlar nossos relacionamentos e as outras pessoas, e também do descontrole em que se encontravam nossas vidas.

Como podemos, então, modificar essa situação? Agora, precisamos de ajuda para que possamos acreditar em nosso processo de recuperação. Muitas de nós, no isolamento de nossos relacionamentos, tentamos modificar nosso comportamento, sem, contudo, obter uma modificação profunda. Com o tempo, voltávamos a agir de forma doentia, o que nos deixava profundamente frustradas e com uma crescente vergonha de nós mesmas.

O segundo passo sugere que encontremos uma força além de nós, que nos ajude a acreditar que há uma saída para os nossos problemas e também que há uma maneira na qual podemos praticar os passos da recuperação. O segundo passo nos diz: "um Poder Maior", ao invés de "O Poder Maior". Isso significa que temos, no MADA, a liberdade de escolher nosso Deus, segundo a concepção e vontade de cada uma.

Algumas de nós afastaram-se do caminho espiritual e da fé, simplesmente porque perderam a esperança de que a vida poderia tomar um rumo saudável. Estivemos "brigadas" com Deus. Ou talvez, nos afastamos de um caminho espiritual porque a imagem de um Deus, que nos foi transmitida por nossos pais, era ameaçadora: - "se você continuar agindo assim Deus vai lhe castigar!". Pensávamos que Deus havia nos abandonado. Até mesmo a obsessão pelo seu parceiro pode tê-la colocado na posição de seu "Poder Maior", ao acreditar que o relacionamento pudesse lhe dar tudo o que necessitava, deixando que ele controlasse sua vida.

Quem sabe agora, no MADA, a prática desse passo possa dar a chance de encontrar uma nova concepção de Deus, uma concepção que seja mais adequada para nós. Um Deus bondoso e amoroso, conforme nossa compreensão e necessidade pessoal.

Aqui no MADA, você não é obrigada a ter alguma crença para praticar a programação e desenvolver sua espiritualidade. Talvez seja mais fácil para você, que está no início, a compreensão desse Segundo Passo e de um Poder Maior, como sendo o seu próprio grupo de apoio. Você pode ter em mente que o que você encontra aqui no MADA é algo que lhe dá força e coragem, que é mais do que conseguiria usando somente a própria força de vontade. E que esse Poder Maior pode se manifestar através dos depoimentos de cada uma. Isso já é um bom caminho para que possamos iniciar o processo de recuperação. Diz-se que no Segundo Passo, poderemos achar a vida saudável que estamos procurando.

Hoje, precisamos encontrar um caminho que nós faça acreditar na possibilidade de mudança em nossas vidas. Isso é praticar o Segundo Passo. Que possamos fazer juntas o que não pudemos fazer sozinhas.

Perguntas do Segundo Passo:

Como foi sua vida espiritual na infância ?

Qual é a visão do que seria, hoje, uma vida saudável?

Você acredita verdadeiramente que pode, hoje, aprender a desenvolver uma vida saudável?

Hoje, o que você pode fazer na sua recuperação para praticar o Segundo Passo?



Terceiro Passo

"Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, na forma em que nós o concebíamos".

No Primeiro Passo, admitimos que não tínhamos controle sobre nossos relacionamentos. No Segundo Passo, vimos que precisávamos da ajuda de algum Poder Maior que nós, para nos recuperar da nossa doença. Agora, no Terceiro Passo, Vamos exercitar nossa entrega e aceitação. Vamos aprender a deixar o controle de nossas atitudes perante nossos relacionamento e nossas vidas, e confia-los à esse Poder Maior. E como já vimos no Segundo Passo, esse Poder é um Deus conforme nossa concepção pessoal.

Nossa dependência de relacionamentos é basicamente uma doença do controle. Tentávamos de todas as maneiras controlar nossos relacionamentos doentios, para que as pessoas agissem conforme nossa vontade. E nossa doença nos fazia escolher exatamente aquelas pessoas que não tinham para nos dar aquilo que necessitávamos. Muitas vezes colocáva-mos nossa vontade e nossas vidas nas mãos de outras pessoas, deixando que elas controlassem nossas atitudes de forma destrutiva.

Na realidade, nunca tivemos e nem teremos total controle sobre as coisas. Não temos o poder de controlar a chuva, a vida ou a morte. Praticar o exercício de entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus é um meio de aceitar a vida como ela nos apresenta. Vejamos um exemplo: "Imagine" que você está em cima da hora para um compromisso importante e se encontra num terrível engarrafamento. Não há como mudar essa realidade. Você pode apresentar várias atitudes como: buzinar incessantemente, esbravejar, e nada disso fará com que você mude essa situação. Esse exemplo no trânsito é uma situação onde você se encontra impotente. Sua própria vontade de nada adiantará. Quem sabe se aceitando os fatos do momento e entregando o resultado à Deus, você possa encontrar uma forma de aproveitar esse tempo para ler um pouco mais a literatura, meditar, ou fazer outra coisa que lhe seja útil.

Entregar não significa não fazer nada, ou deixar de tomar um atitude necessária, esperando que as coisas mudem por si só. Entregar nossa vontade e nossa vida à esse Poder Maior é confiar que qualquer que seja o resultado obtido naquilo que nos empenhamos, "Ele" está cuidando de nós, acreditando que "Ele" sabe o que necessitamos e o que é melhor para nós a cada momento. Sentiremos então paz e serenidade, pois não estaremos mais lutando com a vida, mas penas fazendo nossa parte.

Como o programa dos Doze Passos é uma prática e uma busca diária, muitas de nós poderão encontrar-se tomando a decisão de entregar suas vidas aos cuidados de Deus, aceitando a realidade, e flagrar-se , num outro momento, lutando para retomar esse controle com pensamentos como estes: "Tenho que resolver essa situação hoje de qualquer maneira". "Posso lidar com isso sozinha", "Se eu for boa e me empenhar o suficiente, desta vez o relacionamento vai dar certo...", e assim por diante. Não se preocupe com essas recaídas. O importante é estarmos dispostas a praticar o programa diariamente.

Fazer a oração da serenidade é uma forma de praticarmos este Terceiro Passo:

A ORAÇÃO DA SERENIDADE

Deus, Concedei,

SERENIDADE

Para aceitar as coisas que não posso modificar

CORAGEM

Para modificar aquelas que posso

E

SABEDORIA

Para perceber a diferença

Só por Hoje

Perguntas do Terceiro Passo:

Como sua "vontade desenfreada" em controlar as pessoas e situações prejudicou sua vida no passado?

O que você considera ser necessário entregar em sua vida nesse momento?

Quais os instrumentos você tem hoje para praticar esse terceiro passo?

Quarto Passo

"Fizemos um minucioso e destemido inventário moral de nós mesmas".

No Primeiro Passo, admitimos a falência dos nosso relacionamentos.

No Segundo, pedimos a um Poder Maior para que nos ajudasse à recuperação.

E no Terceiro Passo, entregamos o controle de nossas vidas à esse Poder.

Agora, no Quarto Passo, vamos investigar nossa vida e reconhecer, através de um inventário minucioso, quais foram os impulsos doentios que nos levaram à agir de forma insana e destrutiva em nossos relacionamentos.

Ao olharmos para nossas vidas no passado, vimos que nossas relações foram sempre movidas por nossos impulsos dependentes. Quando dizíamos: "porque eu sempre acabo me relacionando com esse tipo de pessoa?" , achávamos que éramos vítimas das situações em que encontrávamos, que não tínhamos sorte, e que a vida estava contra nós.

Através de uma investigação minuciosa, pudemos compreender o que nós levava à essas escolhas e que, na realidade, sentíamos necessidade desses relacionamentos doentios para podermos praticar aquilo que nos era familiar. Repetíamos em nossos relacionamentos parecidos, na tentativa de resgatar, o amor que não nos foi dado no passado.

Pelo fato de termos recebido muito pouco em nossa infância, nossa auto-estima tornou-se muito baixa, acreditando que não merecíamos a felicidade. De início, talvez, você possa achar que teve uma infância perfeita e que não tenha tido nada de errado com sua vida, que você recebeu "tudo". Essa investigação de nossas vidas é apenas uma forma de reconhecermos como nossos padrões de relacionamento foram formados, pois hoje temos total responsabilidade sobre nossas vidas, cabendo somente à nós a responsabilidade de alcançarmos uma vida feliz.

É importante reconhecer todos os padrões em nossa forma doentia de nos relacionar. Isso é fundamental para que possamos nos abster desses comportamentos. Vejamos alguns exemplos:

Se você veio de um lar onde o alcoolismo estava presente, é provável que você tenha atração por parceiros com problemas com o álcool, e hoje tente "ajudar" seu parceiro da mesma forma como sua mãe fazia com seu pai. Ou talvez você tenha necessidade de se relacionar com homens que não conseguem se comprometer emocionalmente ou até mesmo que precise manter vários relacionamentos. Ou sua doença faz com que se relacione com pessoas irresponsáveis, de forma que você tenha que se responsabilizar pela maior parte dos problemas, até mesmo financeiros.

Qualquer que seja seu padrão, é importante que você identifique as características de sua forma de relacionar e o que a leva a agir assim. No Quarto Passo, temos a oportunidade de refletir e compreender o processo que nos levou à agir daquela maneira.

Você terá que escrever bastante, empregando o tempo e a energia necessários para executar esse trabalho. Pode ser que, para você, escrever não seja um meio de expressão fácil, em que se sinta à vontade. Entretanto, é a melhor técnica para esse exercício. Não se incomode em escrever corretamente, ou mesmo bem. Faça de forma a ter sentido para você. Você precisará ser absolutamente honesta e auto- reveladora em tudo o que escrever.

Enfrentar minuciosamente nossas falhas de caráter pode nos levar à sentimentos de autopiedade, ou a revelar mágoas profundas. Nossa doença, por si só, nos impediu o desenvolvimento da auto-estima. Portanto, por mais doloroso que seja o que possamos descobrir à nosso respeito, lembre-se de que esses comportamentos foram resultados de nossos instintos desenfreados. Essa foi a forma que aprendemos a nos relacionar, na tentativa de sobrevivermos à todas as adversidades das quais fomos vítimas no passado. Agora estamos tendo a oportunidade de nos recuperar de tudo isso. Temos hoje a responsabilidade de nos modificar. Não deixe que o sentimento de culpa tome conta e a impeça de continuar o processo de investigação.

É importante não esquecer nossas qualidade. Faça uma lista onde você possa estar revelando as coisas boas que possui dentro de si mesma, não se importe com o que foi dito no passado. O fato de termos defeitos não implica em sermos pessoas ruins. No Quarto Passo estamos "limpando nossa casa" para deixar vir toda nossa essência positiva.

Fazer o Quarto Passo é algo que pode também ser feito periodicamente nas várias fases do nosso processo de recuperação ou até mesmo utiliza-lo em um assunto específico; fazendo o Quarto Passo do seu trabalho, de um relacionamento específico etc. Você pode guardá-lo em lugar seguro e compará-lo quando fizer o próximo.

Uma pessoa que já tenha feito o Quarto Passo, ou sua madrinha, pode orientá-la e ajudando-a a criar seu próprio questionário conforme sua características e seu processo de recuperação.

Perguntas do Quarto Passo:

Escreva sobre as características de sua família. Como se relacionava com as pessoas, que tipo de relação você mantinha com elas?

Seus familiares eram carinhosos e compreensivos com você? Eles lhe davam amor incondicionalmente?

Perante os outros, que "segredos" ou aparências sua família mantinha para esconder das pessoas que seu lar não era tão saudável quanto parecia ser?

Você se sentia amparada quando necessitava de ajuda?

Descreva , de uma maneira geral, o que você achava que sua família pensava de você durante sua infância, adolescência e ainda na fase adulta?

Como você chama hoje a atenção das pessoas (introversão, indiferença, bondade extrema etc...) para que saibam que você se sente mal e/ou precisa de ajuda?

Que tipo de jogos você mantinha ou mantém nos seus relacionamentos, para fazer com que as pessoas atendam às suas necessidades? Você se fazia de vítima, acusava os outros, abandonava temporariamente o relacionamento para que seu parceiro sentisse sua falta? Comprava-lhe presentes para agradá-los?

Tente identificar que sentimentos você tinha quando o comportamento de seu parceiro fugia do seu controle. Sentia raiva, ciúmes, inveja, medo, sentia-se irada ou abandonada? Esses sentimentos têm relação com sentimentos familiares, conhecidos em sua infância?

Quais são os seus medos em sua vida agora?

Como sua doença afetou as diversas áreas da sua vida?

Porque você mantêm, ou mantinha o relacionamento, mesmo sabendo que ele era destrutivo? Que justificativas você usa ou usava para não sair desse relacionamento?

Sente dificuldade em ficar só? Que sentimentos e preconceitos você tem quando está sem um relacionamento?

Você acredita ter prejudicado outras pessoas em função de manter essas relações doentias?

Quais são as qualidade você possui mas tem dificuldade em admitir?

O que mais gosta em você mesma?

O que você deseja alcançar hoje em sua recuperação?



Quinto Passo

"Admitimos perante à Deus, perante à nós mesmos e perante à outro ser humano, a natureza exata de nossas falhas".

Após termos feito uma investigação de nossas vidas, listando através de um inventário escrito nossas características, nossos defeitos e qualidades, conversamos com alguém à esse respeito.

Admitir nossas falhas diante de outro ser humano pode parecer ser embaraçoso, mas devido a diversas razões é realmente necessário fazermos isso. Podemos pensar que admitir à um Poder Maior seja o suficiente. Mas conversar com outro ser humano nos ajudará a nos livrar-mos da culpa, do isolamento e da vergonha em relação à nosso comportamento no passado.

Talvez muitos dos fatos revelados no Quinto Passo tenham sido mantidos em absoluto segredo. Muitas vezes nossa doença justificasse nosso comportamento. Então, é importante que alguém, que esteja num processo de recuperação, nos ajude a descobrir a natureza exata de nossas falhas e o que nos levou ao nosso comportamento doentio, tirando-nos da armadilha da negação e da nossa posição de vítima daquelas situações nas quais nos encontrávamos. Dessa forma, descobriremos que a trama de nossas ações de "amar demais" era, na verdade, movida pelo egoísmo, controle e pela nossa incapacidade de amar e receber amor verdadeiro. Os papéis desempenhados por nós em nossos relacionamentos tinham a função de resgatar os sentimentos enraizados na nossa infância, como a raiva o medo e o abandono. Ser "boazinha" escondia nossa necessidade de agradar e controlar as outras pessoas.

É importante que a pessoa que escolhemos para fazer esse Quinto Passo seja de nossa inteira confiança, mantendo estrita confidência de nossas revelações e que ela possa ter a compreensão de nossos problemas. Esse confidente pode ser uma companheira mais experiente no programa do MADA, ou outra pessoa, mas é importante que conheça a natureza da nossa doença. Poderá ser um terapeuta ou conselheiro espiritual. Mas não faça de seu parceiro esse ouvinte.

Ao praticarmos o Quinto Passo, estaremos entrando no caminho de abertura e limpeza de nossa vida. Quando falamos com outro ser humano sobre nossos sentimentos mais dolorosos, eliminamos sentimentos e emoções reprimidas durante anos, fazendo com que desapareçam. À medida que a dor desaparece, abrimos espaço para entrar coisas novas em nossas vidas.

Perguntas do Quinto Passo:

Que justificativas a impedem de confiar seus sentimentos mais profundos à outro ser humano?

É difícil para você confiar nas pessoas? Ou você se abre facilmente, mas com pessoas inadequadas?

O que lhe falta para tomar a decisão de fazer o Quinto Passo?



Sexto Passo

"Nos prontificamos, inteiramente, a deixar que Deus remova todos esses defeitos de caráter".

No Quarto Passo, fizemos um inventário de nossas vidas, tomamos consciência de nossos defeitos de caráter, nossas armadilhas e jogos de "amar demais". Depois compartilhamos essas descobertas com outra pessoa chegando à seguinte questão: como faremos para modificar essa realidade?

Já vimos no Segundo Passo que necessitamos da ajuda de um "Poder Maior", como cada uma de nós o concebe, acreditando que Ele poderia nos devolver uma vida saudável. Neste momento, Deus remove todas as nossa imperfeições. Vamos voltar à algumas lembranças do nosso passado para compreendermos melhor a natureza desse passo.

Muitas de nós devem se lembrar de algum episódio de insanidade em algum relacionamento e que, num momento de desespero, juramos não agir mais daquela maneira, pedindo "pelo amor de Deus"; que Ele nos tirasse daquela situação. Mas, decorrido algum tempo, voltávamos a agir de forma doentia, negando a gravidade da situação, imaginando ter o controle sobre as coisas e pessoas. Isso ocorria porque não tínhamos consciência de que éramos dominadas pela doença de "amar demais". Além disso, quando fazíamos esse pedido a Deus não éramos movidas pela consciência da nossa necessidade de mudança e de uma predisposição interior para que Ele nos ajudasse, mas sim, como uma necessidade de aliviar momentaneamente aquela situação, até que as coisas se abrandassem. Deus, como nós o concebemos, pode transformar nossas vidas e provocar essa mudança. Mas precisamos, além de acreditar nisso, nos predispor e querer essa mudança.

Compreendemos, que antes de pedirmos à Deus que nos modifique, precisamos abrir nossa mente para que essas mudanças possam ocorrer. É preciso querer que essas mudanças ocorram. É necessário abrir mão de todos os hábitos que prejudicam a nós e aos outros. Precisamos estar prontas e aceitar essas mudanças. Você pode estar pensando: "posso viver sem alguns comportamentos, mas de outros não estou disposta a abrir mão, (não importa qual seja), fazendo imposições jamais conseguirei mudar". Lembre-se: a remoção dos nossos defeitos, nossa mudança, será feito pelo "Poder Maior". Nós precisamos, apenas com consciência, sentir e dizer: "eu não quero mais conviver com isso, estou aberta para enfrentar essa mudança". Não sou mais movida pelo desespero do sofrimento, mas pelo desejo de obter uma melhora profunda.

Uma das características de uma mulher que ama demais é a falta de auto-estima. Acostumadas ao sofrimento, passamos pela vida acreditando que não merecíamos ser feliz. Fazer o Quinto Passo é também acreditar que merecemos essa mudança e merecemos uma vida feliz.

"Estou disposta a abrir mão de todos os hábitos que prejudicam meu crescimento e a deixar que Deus remova da minha vida todos os hábitos negativos e defeitos adquiridos no passado. Eu estou pronta."

Perguntas do Sexto Passo:

Ao dar uma olhada na lista do seu Quarto Passo, existe alguma coisa da qual você acredita ser "impossível" abrir mão em sua vida, mas que você sabe ser necessário mudar?

Você acredita realmente que uma modificação profunda possa ocorrer em sua vida?



Sétimo Passo

"Humildemente, pedimos ao Poder Superior que removesse nossos defeitos."

Os defeitos de caráter são as causas da dor e do sofrimento de nossas vidas. Se contribuíssem para a nossa saúde e felicidade, não teríamos chegado a um estado de total desespero. Tivemos que ficar prontas para que o Poder Superior, como nós o compreendíamos, removesse nossos defeitos. Decididas a nos livrar das atitudes destrutivas de nossas personalidades, chegamos ao sétimo passo. Não conseguindo lidar sozinhas com nossos problemas, só o percebemos quando transformamos nossas vidas em uma grande confusão. Ao admiti-lo, alcançamos um lampejo de humildade.

Este é o ingrediente principal do sétimo passo. A humildade resulta de sermos mais honestas conosco. Temos praticado a honestidade desde o primeiro passo. Aceitamos o fato de que éramos impotentes perante ao outro, encontramos uma força além de nós e aprendemos a confiar nela. Examinamos nossas vidas e descobrimos quem somos realmente. Somos verdadeiramente humildes quando aceitamos e tentamos, honestamente, ser quem somos. Nenhum de nós é perfeitamente bom ou inteiramente mau. Somos pessoas com qualidades e defeitos. E, acima de tudo, somos humanos.

O sétimo passo é de ação. Chegou a hora de pedir ajuda e alívio ao Poder Superior. Temos que compreender que a nossa maneira de pensar não é a única e que as outras pessoas podem nos aconselhar. Quando alguém nos aponta um defeito, a nossa primeira reação pode ser defensiva. Temos que compreender que não somos perfeitos. Sempre haverá espaço para o crescimento. Se quisermos realmente ser livres, ouviremos atentamente que os companheiros tiverem a nos dizer. Se os defeitos que descobrirmos forem reais, e tivermos a oportunidade de mudar, certamente experimentaremos uma sensação de bem-estar.

Esta é a nossa estrada para o crescimento espiritual. Mudamos todos os dias. Aos poucos e com cuidado, saímos do isolamento e da solidão e entramos na corrente da vida. Um dos perigos é sermos excessivamente duros conosco. Partilhar com os outros a recuperação é uma maneira de não nos tornarmos extremamente críticas à nosso respeito. Aceitar os defeitos do outro pode nos ajudar a nos tornarmos humildes e abrir caminho para que nossos próprios defeitos sejam removidos. Muitas vezes o Poder Superior se manifesta, ajudando-nos a tomar conhecimento dos nossos defeitos.

Uma nova atitude nos tornará mais aceitáveis, perante nós e os demais. Não terei expectativas muito grandes com relação a uma rápida recuperação do meu caráter, preciso lembrar-me sempre de aceitar a ajuda do "Poder Superior" em tudo que estou tentando fazer.

Humildade e Paciência; Só por Hoje.



Oitavo Passo

"Fizemos uma lista de todos as pessoas que tínhamos prejudicado e nos dispusemo a fazer reparações a todas elas."

O Oitavo Passo é o teste da nossa recém-encontrada humildade.

Nosso objetivo é a libertação da culpa que temos carregado.

Queremos olhar o mundo de frente, sem agressividade ou medo.

"Será que estamos dispostas a fazer uma lista de todas as pessoas que prejudicamos?" Faremos isso a fim de limpar o medo e a culpa que o passado ainda nos traz. Nossa experiência já nos demonstra que precisamos sentir boa vontade para que esse possa surtir qualquer efeito.

O Oitavo Passo não é fácil; exige um novo tipo de honestidade nas nossas relações com os outros. O Oitavo Passo inicia o processo do perdão, se perdoarmos aos outros, possivelmente seremos perdoadas e, finalmente, nós nos perdoaremos e aprenderemos a viver no mundo. Quando atingimos este passo estamos prontas para compreender mais do que ser compreendidas. Podemos viver e deixar viver mais facilmente, quando conhecemos as áreas em que devemos reparações. Pode parecer difícil agora mas depois que o fizermos, perguntaremos porque não tínhamos feito isso a mais tempo.

É importante que se defina o que é "prejudicar". Uma definição de prejuízo é dano físico ou mental. Outra definição de prejudicar é causar dor, sofrimento ou perda. O prejuízo pode ser causado por algo que seja dito, feito ou que não tenha sido feito. Podemos ter prejudicado com palavras ou ações, intencionais ou não. O grau de prejuízo pode ser com palavras ou ações, intencionais ou não. O grau de prejuízo pode variar desde fazer com que alguém se sinta mentalmente desconfortável até o dano físico ou mesmo a morte.

O Oitavo Passo nos confronta com um problema. Muitas de nós têm dificuldade de admitir que prejudicaram outras pessoas, pois julgavam-se vítimas. Temos que separar o que fizeram conosco daquilo que fizemos com outros. Deixamos de lado nossas justificativas e a idéia de sermos vítimas. Freqüentemente sentimos que só prejudicamos a nós mesmas, porém, normalmente nós nos colocamos no último lugar na lista de reparações, quando nos colocamos. Esse passo faz o trabalho externo para reparar os destroços de nossas vidas.

Não nos tornamos pessoas melhores julgando os erros dos outros. O que nos fará sentir melhor é limpar nossas vidas, aliviando a culpa. Escrevendo a lista não poderemos mais negar, admitindo que prejudicamos outras pessoas, direta ou indiretamente, através de alguma ação, mentira, promessa quebrada ou negligência. Encaramos a lista com honestidade com objetivo de fazer reparações. O mais importante é que este passo nos ajuda a criar uma consciência de que estamos aos poucos, ganhando novas atitudes em relações aos outros.

O Oitavo Passo oferece uma grande mudança numa vida dominada pela culpa e pelo remorso. Nosso futuro é modificado porque não temos que evitar as pessoas que prejudicamos. Recebemos uma nova liberdade pondo fim ao isolamento. Ao percebermos a necessidade de sermos perdoados, temos uma tendência maior para o perdão. Sabemos que não estamos magoando os outros intencionalmente.

O Oitavo Passo é de ação. Como todos os passos, oferece benefícios imediatos. "O Oitavo Passo nos coloca no limiar da libertação do ódio de nós próprias; abre-se a porta para uma nova paz de espírito que, uma vez obtida, não desejamos perder."

Reflexão:

"A quem magoei? Seguramente as pessoas mais próximas."

Sei que meus relacionamento foram destrutivos e dolorosos. Será que prejudiquei também meus filhos, doutrinando-os sutilmente com desprezo ao pai?

Transmiti-lhes a minha ansiedade e ao meu ressentimento?

Desforrei neles a minha frustração?



Nono Passo



"Fizemos reparações diretas às pessoas a quem prejudicamos, sempre que possível, exceto quando isso pudesse prejudicá-las ou a outras pessoas"

Às vezes, o orgulho, o medo e a procrastinação parecem ser uma barreira intransponível; obstruem o caminho do progresso e do crescimento.

importante é partirmos para a ação, e estarmos prontos para aceitar as reações das pessoas que prejudicamos. Fazemos o melhor que podemos para reparar quaisquer danos e, no momento certo, devemos fazer as reparações que se fazem oportunas. Em alguns casos, as reparações podem estar além do nosso alcance. Nesse caso, a boa vontade pode substituir a ação. Entretanto, não devemos deixar de entrar em contato com alguém porque nos sentimos constrangidos, com medo ou por procrastinação. Ao livrar-nos da culpa, não devemos fazê-lo as custas de outra pessoa. Não temos nem o direito nem a necessidade de colocarmos outra pessoa em apuros. Deve-se pedir orientação à outras pessoas sobre esses assuntos. Aprender a viver bem é, em parte, aprender a saber quando precisamos de ajuda. Em alguns relacionamentos antigos, ainda pode existir algum conflito mal resolvido. Em muitos casos, só podemos procurar a pessoa e pedir-lhe, humildemente, que perdoe os nossos erros do passado. Tente sempre se lembrar de que fazemos as reparações por nos mesmos. Em vez de nos sentirmos culpados ou com remorsos, nós nos sentimos aliviados do nosso passado. O nono passo nos ajuda com nossa culpa e ajuda o outro com a sua raiva. Às vezes, a única reparação que podemos fazer é ficarmos "limpas", sem causar confusões por causa da nossa doença. Devemos isso àqueles que amamos e, principalmente, à nos mesmas. Neste processo, somos devolvidas a sanidade, e parte da sanidade é, de fato, o relacionamento com os outros. Com menos freqüência encaramos os outros como uma ameaça à nossa segurança.

A VERDADEIRA SEGURANÇA VAI SUBSTITUIR A DOR FISICA E A CONFUSÃO MENTAL QUE VIVEMOS NO PASSADO.

Tempo fala por si. A paciência é uma parte importante da nossa recuperação.

O amor incondicional que experimentamos vai revigorar a nossa vontade de viver e, para cada atitude positiva da nossa parte, haverá uma oportunidade inesperada. Uma reparação exige muita coragem e fé, e o resultado é o crescimento espiritual.

Estamos nos libertando dos destroços do nosso passado. Vamos querer manter a nossa casa em ordem, praticando o inventário pessoal num ritmo contínuo, no passo dez.



Décimo Passo

"Continuamos a fazer o inventário pessoal e, quando estamos erradas admitimos prontamente."

O Passo Dez nos liberta dos destroços do nosso presente. Se não continuarmos atentas aos nossos defeitos, eles poderão nos levar à um beco sem saída.

Se pudermos evitar aquilo que nos provoca a dor, não a sentiremos com tanta intensidade. Continuar a fazer o inventário pessoal significa que criamos o hábito de olhar regularmente para nós mesmas, nossas ações, atitudes e relacionamentos.

Somos criaturas de hábito, e somos vulneráveis à nossas velhas maneiras de pensar, agir e reagir. Às vezes, parece mais fácil continuar no velho trilho da autodestruição do que tentar uma nova rota. Não devemos cair nos velhos padrões. Hoje temos uma escolha.

O Décimo Passo pode nos ajudar a corrigir nossos problemas com a vida e a evitar que eles se repitam.

Examine as suas ações durante o dia.

Alguns escrevem sobre seus sentimentos, avaliando como se sentiram e qual foi a participação que tiveram nos problemas que tenham ocorrido. Prejudicamos alguém? Temos que admitir que estamos erradas? Se encontramos dificuldades, nos esforçamos para resolve-las? Quando essas coisas ficam pendentes, elas tem um jeito próprio de envenenar o espírito.

Este passo pode ser uma defesa contra a velha insanidade. Podemos nos perguntar se estamos nos envolvendo com velhos padrões de raiva, ressentimento e medo. Sentimo-nos encurraladas? Estamos arranjando problemas? Estamos muito famintas, raivosas, solitárias ou cansadas? Estamos nos levando muito a sério? Estamos julgando nosso interior pela aparência exterior dos outros? Estamos sofrendo de algum problema físico? As respostas a estas perguntas podem nos ajudar a lidar com as dificuldades do momento. Não precisamos mais viver com sensação de mal- estar.

O Décimo Passo pode ser uma válvula de escape. Trabalhamos este passo enquanto os altos e baixos do dia ainda estão frescos na nossa mente. A primeira coisa a fazer é parar! Damos um tempo, e nos permitimos o privilégio de pensar. Examinamos as nossas ações, reações e motivos. Muitas vezes descobrimos que temos nos saído bem. Isso nos permite verificar nossas ações e a reconhecer os nossos erros, antes que as coisas piorem. Precisamos evitar as racionalizações, prontamente admitindo o erro, não justificando-o.

Trabalhar este passo de forma contínua resulta em ação preventiva. Olhando continuamente para nós mesmas, conseguimos evitar a repetição daquilo que nos torna inadequados.

Precisamos deste passo, mesmo quando estamos bem e quando tudo está dando certo. Os sentimentos bons são uma coisa nova para nós e precisamos nutri-los. Temos o direito de nos sentirmos bem. Temos uma escolha. Precisamos lembrar que todos cometem erros e que nunca seremos perfeitos. Mas podemos nos aceitar.

Prosseguindo com o inventário pessoal, somos libertadas de nós mesmas e do passado. Não justificamos mais a nossa existência. Este passo nos permite ser nós mesmas.

"Olhe para si própria, aí se encontram todas as suas respostas."

Sua vontade e não a minha. "Podemos pedir ajuda de Deus quando precisamos, e nossas vidas melhoram.

Nem sempre a experiência de outra pessoa com a meditação e crenças religiosas individuais, são adequadas para nós. O nosso programa não é religioso, é Espiritual.

Quando chegamos ao Décimo Primeiro Passo, já identificamos e lidamos com os defeitos de caráter que nos causavam problemas no passado, através do trabalho com os dez Passos anteriores.

A imagem do tipo de pessoa que gostaríamos de ser é apenas um vislumbre da vontade de Deus para conosco. Freqüentemente, nossa perspectiva é tão limitada que só conseguimos enxergar nossas vontades e necessidades imediatas.

É fácil recairmos nas nossas velhas maneiras. Temos que aprender a continuidade do nosso crescimento e da nossa recuperação. Deus não vai nos impor a sua bondade, mas podemos recebe-la se pedir-mos. Geralmente sentimos uma diferença na hora, mas só mais tarde é que notamos de fato as diferenças em nossa vida. Quando finalmente tiramos nossos motivos egoístas do caminho, começamos a descobrir uma paz que nunca imaginamos ser possível.

A maioria de nós só reza quando sente dor, aprendemos que se orarmos com mais regularidade não sentiremos dor com tanta freqüência ou com tanta intensidade. A meditação permite que nos desenvolvamos espiritualmente da nossa própria maneira.

Através da serenidade algumas coisas que não funcionavam para nos desenvolvamos espiritualmente da nossa própria maneira.

Através da serenidade algumas coisas que não funcionavam para nós no passado, poderão funcionar hoje. Temos um novo olhar a cada dia com a mente aberta. Sabemos que se rogarmos a vontade de Deus, receberemos o que for melhor para nós. Esse conhecimento é baseado na nossa crença e na nossa experiência em recuperação. Rezamos para que Deus mostre a sua vontade, e para que nos ajude a realizá-la. Em alguns casos a sua vontade é tão óbvia que temos pouca dificuldade em vê-la. Em outros estamos tão egocêntricas que só aceitaremos a vontade de Deus depois de muita luta e rendição. Através da prece buscamos o contato consciente com o nosso Deus.

Acalmar a mente através da meditação, traz um paz interior que nos põe em contato com o Deus dentro de nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação e nossa experiência confirma isso.











Décimo Primeiro Passo

"Procuramos através da prece a meditação melhorar o nosso contato consciente com Deus, da maneira como nós o compreendíamos, rogando apenas o conhecimento da Sua vontade, e força para realizar esta vontade."

Os primeiros dez passos do MADA preparam o terreno para melhorarmos o nosso contato consciente com Deus. Como o compreendemos.

Eles nos dão a base para alcançarmos as nossas metas positivas que há muito buscamos. Entrando nesta fase do nosso programa espiritual, através da prática dos dez passos anteriores, a maioria de nós acolhe de bom grado o exercício da prece e da meditação. Nosso estado espiritual é o alicerce de uma recuperação bem sucedida, que oferece crescimento ilimitado.

Muitas de nós começam realmente a apreciar a recuperação quando chegam ao Décimo Primeiro Passo. Nesse Passo nossas vidas adquirem um significado mais profundo. Ao deixar de controlar, ganhamos um poder muito maior através de rendição.

A natureza da nossa crença irá determinar a maneira como oramos ou meditamos. Só precisamos da certeza de que temos um sistema de crença que funcione para nós. Os resultados contam na recuperação. Nossas preces parecem funcionar, assim que entramos no programa e nos rendemos a nossa doença. O contato consciente, descrito neste passo é o resultado direto da vivência dos passos anteriores. Usamos este passo para melhorar e manter o nosso estado espiritual.

Quando viemos para o programa pela primeira vez, recebemos a ajuda de um Poder Superior; isto se deu com a nossa rendição ao programa. O objetivo do Décimo Primeiro Passo é aumentar a nossa consciência deste poder e melhorar a nossa capacidade de usá-lo como fonte de força nas nossas novas vidas.

Quanto mais aprimoramos o nosso contato consciente com nosso Deus, através da prece e meditação, mais fácil dizer: "Seja feita a medida que crescemos espiritualmente e encontramos um Poder Superior, nossas necessidades espirituais vão sendo satisfeitas e nossos problemas existenciais vão sendo reduzidos.

Assim a vontade de Deus torna-se para nos a nossa própria vontade. Deixamos de controlar as pessoas e passamos a deixá-los ser quem são. É muito importante admitirmos a nossa impotência para que com a ajuda de Deus se manter fora de relacionamentos destrutivos. Com o constante contato com o Poder Superior as respostas que buscamos vem atém nós e ganhamos capacidade de fazer o que não conseguíamos. Com o poder da oração alcançamos aquilo que podemos lidar. Com uma atitude de rendição e humildade, retomamos este passo, repetidamente, para recebermos a dádiva do conhecimento e da força de Deus.

Reflexão:

Estou muito ocupada para orar? Não tenho tempo para a meditação?

Então me perguntarei se tenho sido capaz de resolver os meus problemas sem ajuda. À medida que os encaro, dia após dia, desejo reconhecer a necessidade da Sua orientação. Não deixarei que este dia passe, nem qualquer outro dia daqui por diante, sem que me torne sinceramente cônscia de Deus.

"Deus está presente em todas as Suas criaturas, mas nem todas estão igualmente cientes da Sua presença."





Décimo Segundo Passo

"Tendo experimentado um despertar espiritual como resultado destes passos, procuramos levar esta mensagem a outras mulheres e praticar estes princípios em todas as nossas atividades"

Viemos ao MADA devido aos destroços do nosso passado. A última coisa que esperávamos era o despertar do espírito. Queríamos apenas que a dor parasse.

Os Passos conduzem a um despertar de natureza espiritual. Este despertar é demonstrado pelas mudanças de nossas vidas. As mudanças nos tornam mais capazes de viver segundo princípios espirituais, e de levar a nossa mensagem de recuperação e esperança à MADA que ainda sofre. Entretanto, a mensagem não tem sentido se não VIVERMOS O PROGRAMA. À medida que vivemos seguindo a programação, nossas vidas e ações terão um significado maior do que as nossas palavras e literatura poderiam proporcionar. A idéia de um despertar espiritual adquire formas diferentes nas diferentes personalidades que encontramos na Irmandade. Mas todo despertar espiritual tem alguma coisa em comum. Os elementos comuns incluem o fim da solidão e um sentido de direção nas nossas vidas. Muitas de nós acreditam que um despertar espiritual não tem sentido se não for acompanhado por uma crescente paz de espírito. Para manter esta paz de espírito nós nos concentramos em nos manter no aqui e agora.

Aquelas de nós que trabalharam estes passos o melhor que puderam, receberam muitos benefícios. Os benefícios são resultado direto de quem vive este programa.

Esquecemos a agonia e a dor que conhecemos; nossa doença controlava a nossa vida.

Agora, estamos prontas para assumir o controle de nossas vidas, a maioria de nós percebe que a melhor maneira de manter o que nos foi dado é partilhar aquilo que aprendemos com quem ainda sofre. Este é o melhor seguro contra uma recaída. Chamamos isso de levar a mensagem, praticamos os princípios espirituais de dar a mensagem para mantê-la. Até um membro de um dia na irmandade pode levar a mensagem de que o programa funciona.

A primeira maneira de levarmos a mensagem fala por si. As pessoas nos vêem reviver gradualmente e reparam que o medo esta deixando nossas faces. Uma vez encontrado o caminho, o tédio e a complacência não tem lugar na nossa vida. Então começamos a praticar princípios espirituais como esperança, rendição, aceitação, honestidade, boa vontade, fé, mente aberta, tolerância, paciência, humildade, amor incondicional, partilha e interesse. Encontramos a alegria quando começamos a aprender como viver pelos princípios da recuperação.

Sentimos que nossas vidas estão valendo a pena. Espiritualmente revigorados, estamos contentes por estarmos vivas. Ir às reuniões realmente funciona. A prática de princípios espirituais no nosso dia a dia nos conduz a uma nova tratar os outros de maneira justa. Nossas decisões passam a ser temperadas com tolerância. Aprendemos a nos respeitar.

Somos uma visão de esperança. Somos exemplos de que o programa funciona. A felicidade que temos em viver é uma atração para aqueles que ainda sofrem.

Nó nos recuperamos para uma nova vida.



Os passos não terminam aqui...

Os passos são um novo começo!

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