terça-feira, 26 de julho de 2011

Hipertensão e a Depressão




Muitos estudos têm focado atualmente na relação entre doenças físicas, como alterações da pressão arterial e a depressão.

É cada vez mais comum a chegada de pacientes idosos, com refretariedade no tratamento da hipertensão, que uma vez estudados com olhos detalhados vem revelar uma associação diagnóstica destas duas patologias, tornando inadequadas terapias que premiem o aumento das drogas hipertensivas, e ajustando os níveis de pacientes que se submetem a terapias conjuntas.


Dessa forma, todo clínico deve ter algum conhecimento de como tratar quadros psiquiátricos ou psicológicos que se apresentarem, gerenciando as prioridades em seu atendimento, com a restauração de sua segurança, a redução de sua ansiedade, para que na seqüência encaminhem estes pacientes aos especialistas necessários.

Sinais como, redução no prazer de execução de tarefas antes prazerosas, sensação de infelicidade recorrente, hipersonia, insônia. Fadiga, pessimismo, sentir-se incapaz para consigo e com seus familiares, déficit de concentração, atenção, lentidão ou aceleração de movimentos, pensamentos mórbidos, baixa auto-estima, devem ser muito valorizados como subsídios da associação do quadro depressivo.

Avalia-se também a possibilidade de depressão ser reacional, temporária e auto limitada, devido a uma perda humana ou material recente o que possivelmente não poderá ser responsabilizada pela piora permanente da hipertensão.

A conjunção dessas doenças pode levar a um quadro chamado de pseudo hipertensão arterial, principalmente em portadores de síndrome de pânico.

O diagnóstico da hipertensão estará firmado, pelo seqüencial de medidas e pela adoção de exames complementares que mostrem cargas superiores às normais, como no caso da MAPA, monitorização ambulatorial da pressão arterial, onde se passam 24 horas monitorando as medidas, traçando-se curvas, onde a normalidade é superada. A MRPA, onde se faz quase a mesma monitorização, porém sem ser de forma contínua, mas seqüencial, e a Ergometria, que mostrará se houver a reatividade da pressão arterial ao exercício.

Uma vez estabelecida a existência das duas patologias, é importante adotar estratégias terapêuticas, onde se possa otimizar a estabilização do quadro emocional, reduzindo ao máximo a utilização de anti-hipertensivos.

Existem casos limítrofes, onde ao se instituir a terapia e o suporte psicológico, o quadro da pressão se estabiliza de tal forma que se pode reduzir, ou retirar a maioria dos medicamentos anti-hipertensivos em uso.
A utilização de antidepressivos, anti-hipertensivos deve fazer parte do arsenal terapêutico dos profissionais envolvidos, porém como sempre o bom senso deve ser o maior conselheiro na hora de se formular a proposta terapêutica. Vale lembrar que pressão de controle difícil, pode muitas vezes conter outra doença em conjunto.

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